21/03/2015

Três PSP afastados de investigação por estarem de baixa

Três PSP afastados de investigação por estarem de baixa
Três elementos da PSP de Braga foram afastados da investigação criminal por estarem de baixa médica. 
Os agentes só tiveram conhecimento da transferência por colegas, o que causou mal-estar. .

16/03/2015

Projeto de estatuto profissional da Polícia de Segurança Pública – breves notas

I
As linhas que se seguem não constituem uma análise pormenorizada do projeto do estatuto profissional da Polícia de Segurança Pública, cingindo-me apenas a alguns aspetos que considero mais marcantes.
A primeira nota relativamente ao projeto vai para a condição policial (art.º 4.º). Trata-se de um arranjo do art.º 2.º da Lei de Bases Gerais da Condição Militar, tendo como destinatários finais os polícias. Realmente o jurista encarregue da redação poderia ter sido um pouco mais criativo, mas se repararem até o número de alíneas é igual, o conteúdo adaptado e tal como na versão original em nove dessas alíneas apenas uma consagra direitos.
Ainda neste artigo consagra-se uma fórmula de “solene juramento policial”, um misto de juramento de bandeira constante do Estatuto dos Militares das Forças Armadas (EMFAR), com o Estatuto dos Militares da Guarda Nacional Republicana (EMGNR), com o juramento de fidelidade dos Oficiais e Sargentos e com o compromisso de honra dos guardas desta força de segurança de natureza militar.
 II
Mas, logo de seguida, este projeto dá uma guinada brusca em direção à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (LGTFP), sendo que esta por sua vez remete para o Código do Trabalho (CT).
E é da LGTFP que se importam o número de dias de férias, o regime das faltas e das licenças, das horas de trabalho (com algumas adaptações). Mas quanto ao horário de trabalho “os polícias não podem recusar-se, sem motivo justificado, a comparecer no seu posto de trabalho ou a nele permanecer para além do período normal de trabalho, nem eximir-se a desempenhar qualquer missão de serviço, desde que compatível com a sua categoria”, compensado “pela atribuição de crédito horário, nos termos a definir por despacho do diretor nacional”.
 III
Depois, estabelece três categorias: Oficial de polícia, Chefe de polícia e Agente de polícia. Uma compartimentação idêntica à das Forças Armadas e da GNR, mas sem correspondência no número de postos existentes nas três categorias, os quais ao que consta nas novas versões dos seus estatutos serão alvo do acréscimo de um posto em cada categoria.
Os polícias destas três categorias desenvolvem um conjunto de funções, indo-se aqui mais uma vez à LGTFP buscar a inspiração para deixar bem vincado que “a descrição do conteúdo funcional não constitui fundamento para o não cumprimento do dever de obediência e não prejudica a atribuição aos polícias de funções não expressamente mencionadas, que lhe sejam afins ou funcionalmente ligadas, para as quais detenham qualificação e que não impliquem desvalorização profissional”.
policiaIV
No desenvolvimento da carreira, veda-se o acesso das categorias profissionais dos Agentes e de Chefes de polícia à categoria de Oficiais por outra via que não seja a frequência do mestrado integrado no Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, o que está alinhado com o que (segundo os órgãos de comunicação social) tem vindo a ser defendido pelo presidente do Sindicato dos Oficiais de Polícia.
Relativamente àqueles que do antecedente ascenderam a essa categoria, refere-se que “para salvaguarda do desenvolvimento da carreira dos polícias integrados na carreira de oficial de polícia não habilitado com o CFOP ministrado pelo ISCPSI é reservado um terço das vagas colocadas a concurso de promoção para as categorias de comissário e subintendente”.
Depois, equipara-se a carreira de Oficial de polícia a uma carreira especial de complexidade funcional de grau 3, a de Chefe de polícia e a de Agente de polícia a uma carreira especial de complexidade funcional de grau 2, mais uma vez na esteira da LGTF.
No caso concreto dos Chefes de Polícia, aparece a figura do Chefe Coordenador. Se analisarmos a correspondência com a posição remuneratória que existe na GNR e nas Forças Armadas, vemos que se pretende criar algo idêntico ao Sargento-Mor. No caso do projeto de estatuto da PSP as posições remuneratórias são a 29 e a 30, o que tem implicações em termos de vencimento. Mas, no caso do Agente Coordenador há uma equiparação perfeita com o Cabo-Mor, nas posições 20 e 21. Idêntico porque até agora o Sargento-Mor na GNR e nas Forças Armadas tem duas posições remuneratórias a 29 e a 32. Será que também se preparam para fazer o mesmo na GNR e nas Forças Armadas?
V
Sobre a transição para a pré-aposentação estabelece-se que “é a situação para a qual transitam os polícias que declarem manter-se disponíveis para o serviço desde que se verifique uma das seguintes condições:
a)Atinjam o limite de idade estabelecido para a respetiva categoria;
b)Tenham pelo menos 55 anos de idade e 36 anos de serviço e requeiram a passagem a essa condição;
c)Sejam considerados pela Junta Superior de Saúde com incapacidade parcial permanente para o exercício das funções previstas para a sua categoria, mas apresentem capacidade para o desempenho de outras funções”.
Ouvi logo muita gente a tecer loas aos “55 anos e 36 de anos de serviço”, havendo alguns incautos que nas redes sociais, utilizando a linguagem do “coitadito” afirmaram de imediato que “afinal podia ser pior”. Só duas notas, desaparecem os acréscimos de tempo de serviço e não vejo em lado nenhum a consagração de um regime transitório, de onde resulta um aumento da permanência na polícia para quem já está ao serviço e para quem ingressa. Assim, doravante para se ir embora aos 55 anos tem que se ingressar na carreira policial aos 19 anos.
Depois, dá-se a “benesse” de na situação de pré-aposentação, os polícias poderem prestar serviço compatível com as aptidões físicas e psíquicas que apresentem, em conformidade com os respetivos conhecimentos e experiência profissionais e de acordo com as necessidades e conveniência dos serviços, não lhes podendo ser cometidas funções de direção ou comando, salvo em casos excecionais, devidamente fundamentados, num regime definido por portaria do membro do Governo responsável pela área da administração interna. O que acarretará penalizações no vencimento e na pensão de aposentação.
VI
  1. Estamos perante um documento se carateriza por uma espécie de “mixórdia temática”, onde se caldeiam normas originárias de um vasto espectro, dando a sensação que estamos perante um repositório de normas cinzentas que visam a lesão dos seus destinatários (condição policial, férias, faltas, licenças, pré-aposentação, aposentação);
  2. Para o efeito, recorreu-se às normas em vigor nas Forças Armadas, na Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas e por arrastamento ao Código do Trabalho;
  3. Em seguida, vincar a ausência da possibilidade de progressão para a carreira de oficiais por outra via que não seja a do ISCPSI, ao contrário do que acontece em muitos países da Europa. Tal como não se pode deixar passar em branco a falta de equiparação, em termos de vencimento do Chefe Coordenador com Sargento-Mor, desconfiando-se desde já dos propósitos subjacentes a tal opção e das suas implicações laterais. Como se já não bastasse a impossibilidade de ascensão senão via ISCPSI ainda se corta nas posições remuneratórias no topo da carreira;
  4. Gostaria ainda de frisar que o texto se encontra pejado de normas que remetem para diplomas a aprovar, o que leva a crer que se está prestes a lançar uma bomba que depois irá rebentar nas mãos do próximo executivo.
 Em suma, um grande passo em frente no sentido da flexibilização e precarização do serviço policial, o que afectará negativamente quem já presta serviço e contribuirá, a nosso ver,  para desincentivar qualquer jovem esclarecido e ciente da nobreza de que se devia revestir o exercício das funções policiais a não se submeter a recrutamento.
 Sousa dos Santos

Segurança e Ciências Forenses

PSP Governo propõe-se pagar bónus por multas e detenções

Anabela Rodrigues, ministra da Administração Interna, terá proposto no novo estatuto para a PSP que os agentes sejam compensados com um bónus que depende do número de multas e detenções realizadas.Governo propõe-se pagar bónus por multas e detenções
A PSP tem até a próxima semana para decidir sobre a proposta feita pelo Governo relativamente ao novo estatuto desta força especial, dá conta o Expresso. No documento, o Governo mostra-se disponível para oferecer bónus em troca de produtividade.
Do plano de incentivos, explica o semanário do grupo Impresa, fazem parte compensações monetárias, formação suplementar ou mais três dias de férias. Porém, para conseguir estas ‘melhorias contratuais’ será avaliado o desempenho dos agentes em termos de número de detenções e multas passadas.
Os sindicatos da Polícia já se mostraram contra a proposta do Governo. "Em democracia, aplicar prémios na PSP é grave, uma vez que pode representar um 'massacre' para o cidadão", alerta Peixoto Rodrigues, do SUP/PSP.
Os responsáveis sindicais dão ainda conta de outros aspetos que merecem crítica, nomeadamente a eliminação do subsídio de risco, redução do número de férias e imposição de pré-reforma aos 55 anos, bem como a alteração do horário semanal para 40 horas.

REINTEGRAÇÃO



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Ministério Público Criado suplemento de 1.200 euros para magistrados

A atribuição aos magistrados do Ministério Público de um suplemento mensal de exclusividade e disponibilidade de 1.200 euros e um ordenado de ingresso na carreira de 3.000 euros constam do projeto de revisão dos Estatuto do MP.Criado suplemento de 1.200 euros para magistrados
Segundo o projeto de Estatuto, a que a agência Lusa teve acesso, a remuneração para quem ingressa na carreira (índice 100), que se inicia com o começo da formação como auditor no Centro de Estudos Judiciários, é atualizado para os 3.000 euros (atualmente é de 2.423,54 euros).
A título de suplementos, é atribuído um subsídio de exclusividade e de disponibilidade, 12 vezes por ano, no valor correspondente a 40 por cento do índice 100", ou seja 1.200 euros mensais.
Este suplemento visa compensar a exclusividade absoluta do exercício de funções remuneradas, disponibilidade permanente e limitação de direitos fundamentais previstos na lei.
O projeto de articulado, elaborado por um grupo de trabalho que integra elementos do MP, prevê também ajudas de custo sempre que o magistrado se desloque em serviço para fora do município onde se encontra sediado o tribunal, a seção ou o departamento onde se encontra colocado.
Quanto a despesas de representação, é proposto que os procuradores-gerais de comarca tenham direito a um valor correspondente a 10 por cento do vencimento, enquanto os procuradores-gerais regionais, os diretores dos departamentos centrais e os procuradores-gerais-adjuntos coordenadores do MP nos tribunais superiores, depois de cumpridos certos requisitos, possam ter direito a um valor correspondente a 20 por cento do vencimento.
O Procurador-geral da República e o vice-procurador-geral da República têm direito, de acordo com o projeto, a 30 e 25 por cento do vencimento, respetivamente, a título de despesas de representação.
O projeto do novo Estatuto do MP prevê também a criação de um Departamento Central de Interesses Coletivos e Difusos qur funcionaria como um órgão de coordenação, promoção e intervenção processual na defesa de interesses públicos como a saúde pública, o ambiente, o urbanismo, o ordenamento do território, a qualidade de vida, o património cultural e os bens do Estado, das regiões autónomas e das autarquias.
O projeto de diploma adapta ainda o Estatuto do MP ao novo mapa judiciário, criando cargos de coordenação ligados à nova organização dos tribunais que entrou em vigor a 01 de setembro passado.

PSP Sindicato pede explicações sobre proposta de estatuto

O Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP-PSP) pediu hoje à direção nacional da PSP que explique aos polícias qual a proposta de estatuto que apresentou ao Ministério da Administração Interna (MAI) devido ao clima de descontentamento nas esquadras.
"É altura do diretor nacional da PSP explicar aos polícias qual foi o verdadeiro trabalho presentado ao MAI para definitivamente se desmistificar o clima instalado dentro dos postos policiais", disse o presidente do SPP, Mário Andrade, numa conferência de imprensa para manifestar "a rejeição total" à proposta do Governo de alteração ao estatuto profissional da Polícia de Segurança Pública.
 Sindicato pede explicações sobre proposta de estatutoA ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, apresentou, na semana passada, aos sindicatos da PSP as alterações ao estatuto profissional da Polícia de Segurança Pública, documento que vai agora ser negociado com cada uma das estruturas sindicais.
Segundo o SPP, após a divulgação da proposta gerou-se "um clima de instabilidade, insatisfação e revolta" entre os polícias, uma vez que viram "goradas as expetativas anunciadas e criadas" pelo ex-ministro da Administração Interna, Miguel Macedo.
Mário Andrade adiantou que ainda não se conhece a proposta apresentada pela direção nacional da PSP à tutela, pelo que deviam ser dadas explicações junto dos polícias.
"Só assim é que se conseguia ver se a direção nacional tem algo a ver com esta proposta ou se apresentou uma proposta que o MAI não aceitou. Aí ficaríamos a saber se é o MAI que está contra os polícias ou se será a direção nacional que também não defende corretamente os polícias", sustentou.
Porém, Mário Andrade considerou que a direção nacional "nunca apresentaria uma proposta" que não defendesse os interesses dos polícias.
O sindicalista disse também que "todos os sindicatos da PSP estão unidos", estando marcada uma reunião conjunta para 20 de março para "delinearem estratégias de negociação" com o MAI e possíveis ações de protestos.
Sobre a realização de uma manifestação de polícia, o presidente do SPP afirmou que o projeto de estatuto vai ser negociado, podendo o MAI alterá-lo, estando as ações de protesto dependentes da reunião dos sindicatos.
A proposta do MAI prevê a criação dos postos de agente-coordenador e chefe-coordenador e a dispensa do trabalho noturno dos polícias com mais de 58 anos, mantendo o pedido de passagem à pré-aposentação aos 55 anos de idade ou 36 anos de serviço.
O MAI quer reduzir os dias de férias, aumentar a carga horária para as 40 horas semanais e criar um novo regime de avaliação, além de não prever qualquer alteração nos níveis remuneratórios.
O presidente do SPP disse ainda que o diploma apresentado "não contempla qualquer reconhecimento ou compensação pelas exigências da especificidade da condição policial".
Todos os sindicatos da PSP já se manifestaram contra a proposta apresentada pela ministra Anabela Rodrigues.

POLÍCIAS!

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Informação à comunicação social

Informação à comunicação social
(continuação...) http://www.spp-psp.pt/

09/03/2015

Proposta

Estatuto PSP versão 06-03-2015
Estatuto

Comunicado reunião MAI e Sindicatos

Comunicado reunião MAI e Sindicatos