Os sindicatos da PSP vão hoje
discutir quais as formas de luta que vão adotar para contestar a proposta do
Orçamento do Estado para 2014, que consideram ser “altamente lesiva” para os
polícias.
As ações
de luta vão ser decididas durante uma reunião geral dos sindicatos da PSP que
vai decorrer na sede do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL), em Lisboa.
“Na
reunião vamos discutir quais as formas de reivindicação para os polícias
demonstrarem ao Governo que estão descontentes”, disse à agência Lusa o
presidente do SINAPOL.
Armando
Ferreira adiantou que “vão ter que sair ações de luta da reunião, porque só
assim faz sentido o encontro”.
O
presidente do SINAPOL considerou que as medidas previstas no Orçamento do
Estado (OE) para 2014 são “altamente lesivas para a classe policial, facto que
carece de uma resposta vigorosa e única por parte do movimento sindical da
PSP”.
O
encontro realiza-se no seguimento das reuniões gerais de sindicatos de Polícia
que têm vindo a ser realizadas ao longo dos últimos meses, mas que foi
antecipada devido à proposta do OE para o próximo ano.
Além dos
cortes nos vencimentos superiores a 600 euros e da intenção do Governo de
congelar a passagem à pré-reforma, os sindicatos dos polícias estão também
apreensivos com a redução do orçamento do Ministério da Administração Interna.
Segundo a
proposta de lei do Orçamento do Estado para 2014, o orçamento para a
Administração Interna é de 1.949 milhões de euros, verificando-se uma diminuição
de 6,8 por cento face a 2013.
A
estrutura que congrega os sindicatos mais representativos da GNR, PSP, ASAE,
SEF, Guarda Prisional e Polícia Marítima marcou para 21 de novembro uma
manifestação nacional de todas os profissionais das forças e serviços de
segurança em protesto contra o OE para 2014.
Fontes
sindicais afirmaram à Lusa que esta manifestação não invalida que os polícias
organizem individualmente ações de luta, como uma manifestação.
*Este
artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela Agência
Lusa