01/02/2012

Novo director nacional da PSP vai propor à tutela novo estatuto profissional


O novo director nacional da PSP, superintendente Paulo Valente Gomes, anunciou hoje que vai propor à tutela um novo estatuto profissional para tornar o regime de carreira e o sistema remuneratório dos polícias “mais justos e equilibrados”.


No discurso de tomada de posse, Valente Gomes referiu que vai procurar “progressivamente mais dignificação, melhoria da auto-estima, motivação e produtividade dos profissionais de Polícia” através da definição de um regime de carreiras e de um estatuto remuneratório “mais justos e equilibrados”.

Valente Gomes quer ainda criar um melhor clima organizacional e melhores condições de trabalho.

Aos jornalistas, o director nacional da Polícia de Segurança Pública afirmou que as alterações ao estatuto profissional da PSP vão ser propostas ao ministro da Administração Interna, bem como as mudanças à Lei Orgânica da corporação, que também estão a ser revistas neste momento.

“Estamos na fase de projecto, quer de Lei Orgânica, quer de estatuto da PSP. É nesse quadro de concertação, de diálogo, de participação responsável de todas as partes que vamos aprimorar, desenvolver e tornar mais equilibrado e mais justo, quer o sistema remuneratório, quer o sistema de carreiras”, disse, adiantando que ainda é cedo para avançar com resultados.

Segundo Valente Gomes, os dois documentos estão na fase final de redacção que será seguida de negociações entre os sindicatos e a tutela.

O actual estatuto profissional da PSP, que entrou em vigor em 2010, e os novos escalões remuneratórios ainda não aplicados à maioria dos polícias, têm gerado uma forte contestação interna.

O novo director nacional da Polícia afirmou igualmente que vai dar “continuidade ao trabalho desenvolvido, iniciando a partir de hoje reuniões em todos os comandos e com a cadeia hierárquica para se inteirar das “questões que existem ao nível local e nacional”, além de discutir as prioridades e as soluções.

Valente Gomes sublinhou que também vai manter reuniões com todas as estruturas sindicais da PSP.

No discurso, o director nacional da PSP sustentou ainda que vai apostar “na melhoria dos resultados, qualitativos e quantitativos”, da actividade operacional da Polícia e no “fortalecimento da capacidade de resposta dos serviços de retaguarda”, como o apoio social.

O superintende Paulo Valente Gomes substitui no cargo o superintendente chefe Guilherme Guedes da Silva, que foi exonerado na semana passada pelo ministro da Administração Interna.

O novo director nacional da PSP é assim o primeiro oficial da Escola Superior de Polícia a chegar ao topo da hierarquia na corporação.

A nova equipa directiva da PSP, hoje apresentada e que toma posse na quinta-feira, também é composta por polícias de carreira: Paulo Pereira Lucas, José Ferreira de Oliveira, José Torres e Magina da Silva.

Com esta nova equipa, a direcção nacional da PSP deixa de ter, pela primeira vez, oficiais superiores oriundos do Exército.

“A PSP tem investido, há quase três décadas, na formação de uma nova geração de oficiais de Polícia, substituindo progressivamente os oficiais superiores oriundos do Exército. A minha nomeação como director nacional da PSP representa o epílogo desta fase de transição. Cessaram agora funções os dois últimos oficiais da PSP com origem na instituição militar”, disse Valente Gomes. 
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