23/06/2012

Polícias admitem luta contra silêncio do ministro

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) admitiu hoje promover várias formas de luta para protestar contra o silêncio do ministro da Administração Interna na obtenção de respostas aos problemas dos polícias.Numa carta aberta enviada a Miguel Macedo, o sindicato mais representativo da PSP refere que está há seis meses a tentar obter uma resposta do ministro da Administração Interna (MAI) em relação aos problemas dos polícias, mas só tem recebido silêncio."Fica claro que, ou o MAI não pretende o diálogo com os profissionais da PSP, ignorando-os, ou não pretende simplesmente resolver os problemas dos polícias, bem como a melhoria do funcionamento da PSP", adianta a ASPP na missiva.Perante este silêncio, a ASPP sublinha que "não resta outra alternativa que não seja demonstrar publicamente a indignação", estando agendada para as próximas semanas uma reunião dos órgãos dirigentes do sindicato para análise e definição de ações de âmbito sindical.O presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, disse à agência Lusa que a reunião deverá realizar-se até ao final do mês de junho, podendo ser agendadas várias formas de luta, nomeadamente uma manifestação.Paulo Rodrigues explicou que a carta teve por objetivo mostrar a "indignação relativamente à forma como tem vindo a ser tratado o maior sindicato da PSP pelo próprio ministro"."Com várias situações internas que causam revolta, o ministro não pode optar pelo silêncio, sendo necessário dizer o que pretende para os polícias", disse.A ASPP adianta que continua por aplicar a todos os polícias a tabela remuneratória que entrou em vigor em 2010 e aqueles que entraram para os novas escalões remuneratórias, em dezembro de 2011, por terem sido ultrapassados por elementos mais novos, ainda não receberam os retroativos, além de ainda não terem sido descongelados os concursos necessários para o funcionamento da PSP.

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