08/02/2011

Faltam condições para o exercício do cargo de secretário-geral - associação sindical da PSP

Em declarações à agência Lusa, Paulo Rodrigues lembrou que, antes de 2008, falava-se que havia descoordenação entre as várias forças policiais em Portugal, bem como dificuldades na partilha de informações, pelo que se criou a figura do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna para que, de alguma forma, houvesse essa "coordenação operacional".
Contudo, observou, o processo "começou logo mal", desde o momento em que o Governo pretendeu "simplesmente" colocar "alguém da sua confiança" no lugar, criando à partida "algumas dificuldades".
Segundo Paulo Rodrigues, o Governo criou um sistema de segurança interna com a figura do secretário-geral, mas acabou por "condicionar" a sua actuação, ao delegar no ministro da Administração Interna competências que deviam caber àquele cargo.
O presidente da ASPP/PSP defende que é preciso que o secretário-geral de Segurança Interna "coordene, de facto" as forças policiais e cumpra os objectivos traçados para o cargo, considerando que há "responsabilidade governamental" pelas dificuldades sentidas até ao momento.
Por seu turno, o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) referiu à Lusa que o secretário-geral de Segurança Interna é uma figura que se enquadra numa "solução que não é a mais adequada para o Sistema de Segurança Interna" e sobre a qual tem um ponto de vista crítico.

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