A admissão de mil novos agentes na PSP e 900 militares na GNR, com início dos respectivos cursos já marcado para Janeiro, pode estar comprometida pelas medidas de austeridade que foram anunciadas recentemente pelo Governo, apurou o CM. Se assim for, 2011 será o segundo ano consecutivo sem entradas nas forças de segurança. Mas não só. Também a promoção nas carreiras de 1500 polícias, aprovada dias antes do plano de contenção de despesas, está em risco de não se vir a concretizar.
"As medidas são claras e dizem que até ao final de 2011 todos os concursos ficam suspensos, bem como as admissões. Sendo assim, nem vamos ter mil polícias nem 900 militares da GNR", lamenta António Ramos, presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP). Ao que o CM apurou, para hoje estão já marcadas duas reuniões com o Ministério da Administração Interna, em que os sindicatos e a Direcção Nacional da PSP vão ficar, finalmente, a conhecer as implicações reais que os cortes vão ter nas forças de segurança.
"Há esquadras com apenas um polícia. O défice de efectivos na PSP é grande. E temos de ver que este ano vão para a pré-reforma cerca de 300 polícias. Não podemos poupar na segurança", diz o presidente do SPP.
Se isto acontecer, será o segundo ano em que não há novas entradas nas forças de segurança. Recorde-se que os exames técnicos e psicológicos aos novos candidatos já estão a decorrer em Torres Novas, no caso da PSP, e em Portalegre, da parte da GNR. "Isto seria catastrófico para a GNR. É completamente impossível um novo ano sem novos militares para os postos. Há muitos que vão entrar para a reserva e isso será muito penoso para a GNR e para a segurança de todos os cidadãos", alertou ontem José Manageiro, presidente da Associação Profissional da Guarda (APG).
Além das reuniões de hoje, foi marcada para quinta-feira reunião entre todos os sindicatos da PSP e da GNR com o secretário de Estado da Administração Interna para discussão destes temas.
COMEÇA HOJE GREVE DE FOME
Quatro membros do Sindicato Unificado da PSP (SUP), incluindo o presidente, Peixoto Rodrigues, iniciam hoje uma greve de fome à porta do Ministério da Administração Interna, em Lisboa. O anúncio foi feito há uma semana, durante o primeiro dia de uma vigília organizada pelo SUP e pelo Sindicato Nacional de Polícia (Sinapol). "A greve de fome é contra a injustiça nas graduações, por haver polícias a trabalhar mais de 180 horas mensais, e pelo grande atraso no reposicionamento nos escalões remuneratórios", explicou Peixoto Rodrigues.
PROMOÇÕES DÃO PROCESSO À GNR
Cinquenta oficiais superiores da GNR ameaçam mover um processo em tribunal contra o Comando--Geral, caso este não divulgue as listas para as promoções. Ao comando já chegaram os primeiros 25 requerimentos. De acordo com alguns deles, o comando não divulga os nomes desde 2008, estando por preencher vagas de 2007, 2008, 2009 e 2010. Ao que o CM apurou, em causa está ainda o facto de os oficiais se sentirem discriminados pelos que chegam da academia, "em vez dos oficiais de carreira".
Sou Agente de policia de segurança pública há 20 anos, serviço efectivo, e ainda me encontro no 3.º escalão, que moralidade tem quem fez este tipo acertos? Há vontade de trabalhar com os meus colegas no activo hà 12 anos e estar em desigualdade em todos os aspectos menos no serviço? Como mais velho tenho mais responsabilidades , e o resto? Parece que se esqueceram da escola de guardas de Janeiro de 1990
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