Centenas de pessoas protestaram, este domingo, na Praça do Município da Covilhã contra a introdução de portagens nas auto-estradas do interior do país. Apesar de reunir o maior número de entidades que já se uniram na contestação à medida, metade da Praça estava vazia e o trânsito continuou a circular com normalidade, avança a Lusa.
Participantes e organizadores do protesto, durante uma hora, ouviram as intervenções de representantes da Câmara da Covilhã (PSD), Comissão de Utentes das auto-estradas, União de Sindicatos de Castelo Branco (CGTP) e movimento Empresários pela Subsistência do Interior. Nunca, nas últimas décadas, uma manifestação na região tinha juntado um espectro político, social e económico tão alargado de entidades, da esquerda à direita, dos patrões aos trabalhadores.
Em causa, está a anunciada introdução de portagens nas auto-estradas A24 (Chaves - Viseu), A25 (Aveiro - Vilar Formoso) e A23 (Guarda - Torres Novas) e nem a falta de legislação para aplicar a medida faz amainar as críticas. Pelo contrário, Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã, considera próprio de uma «república das bananas» que estejam «em montagem dezenas de pórticos», com respectiva factura para pagar, sem que haja «o normativo que suportaria essa montagem».
O ministro da Presidência afirmou quinta-feira que o Executivo pediu um parecer jurídico para saber se um Governo de gestão tem competências para aplicar a cobrança de portagens nas restantes auto-estradas SCUT (sem custos para o utilizador).
Sem comentários:
Enviar um comentário