25/06/2010

Especialista defende fusão das polícias

Luís Andrade, da International Police Association, defende junção de PSP, GNR, Polícia Marítima e SEF e deixava a Polícia Judiciária a tomar conta da criminalidade mais complexa.

O modelo de Polícia que existe em Portugal está “desajustado” da realidade e o futuro passa pela união entre PSP, GNR, Polícia Marítima e SEF, defende Luís Andrade, da International Police Association.
O especialista, que falava esta noite, em Coimbra, diz que está na altura de os responsáveis portugueses pensarem em criar uma Polícia Nacional.
“O modelo de polícia que actualmente existe em Portugal está desajustado e, neste momento, já não faz qualquer sentido, uma vez que outros países da União Europeia optaram já por uma polícia única”, argumenta.
Esta Polícia Nacional juntaria a PSP, a GNR, a Polícia Marítima e o SEF, mas deixaria de fora a Polícia Judiciária, que manteria as competências de luta contra a criminalidade mais complexa, sustenta Luís Andrade.
Os ganhos desta fusão ao nível dos meios humanos, materiais, logísticos e de operacionalidade seriam evidentes, diz este membro da International Police Association.
A opinião de Luís Andrade não é consensual. O bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, considera que “a existência de mais que uma polícia é bom para a democracia, é bom para conter certos perigos e ameaças às liberdades individuais”.
Para Gomes Canotilho, mais do que pensar numa Polícia Nacional, está na hora do país pensar a sério na ameaça do terrorismo.
“Obriga a uma revisão total do conceito estratégico de defesa nacional e de Forças Armadas. Concretamente, permitir que as Forças Armadas sejam utilizadas para além de quadros definidos na Constituição como de emergência ou de estado de sítio”, afirma o constitucionalista Gomes Canotilho.

1 comentário:

  1. PELA FUSÃO DAS POLICIAS25 de junho de 2010 às 17:49

    Totalmente de acordo. Num país com falta de dinheiro, que se dá ao luxo de duplicar serviços, não vejo outro caminho que não seja do da fusão. Só interesses mesquinhos e pensamentos tipo “velhos do Restelo” podem explicar o número de Forças de Segurança que temos.
    FUSÃO QUANTO ANTES, PARA BEM DE TODOS!

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