Conselho Coordenador Permanente das associações e sindicatos das forças de segurança volta a pôr na ordem do dia a violência contra polícias. Agentes sentem-se desprotegidos.
A perseguição ao condutor desobediente deixou-lhe marcas para a vida. O que João (nome fictício) não sabia é que, mais do que as mazelas no corpo, tem agora a sensação de total desprezo que o Estado lhe devota enquanto agente de força de segurança. "Não temos apoio, sofremos na pele e ninguém nos protege", lamenta. Todos os anos mais de mil polícias portugueses são agredidos no desempenho das suas funções. Destes casos, muitos são vítimas de atropelamento.
O problema é de tal ordem grave que, ainda esta semana, a reunião do Conselho Coordenador Permanente, que reúne representantes da PSP, GNR, ASAE, SEF, Guarda Prisional e Polícia Municipal, voltou a pôr o tema na ordem do dia.
João, polícia há mais de dez anos, gosta de se sentir proactivo, porque adora estar em contacto com os cidadãos, reconhecendo, embora, que "numa profissão mal paga estamos a atravessar uma conjuntura que ninguém dá valor aos agentes de autoridade. Nem o Estado!". Foi atropelado, "abalroado" duas vezes, por um condutor de um veículo pesado.
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Há 1 semana
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