Uma greve de zelo às multas, como a que está a ser difundida por SMS entre os agentes das forças de segurança, poderá ser uma das formas de luta a adoptar pelos sindicatos e associações das forças e serviços de segurança contra os cortes orçamentais previstos pelo Governo para o sector.
Polícias querem reunião até dia 18 |
A possibilidade de avançar com esta forma de protesto foi ontem, quinta-feira, admitida por Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), no final de uma reunião da Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças de Segurança, onde foi decidido pedir ao primeiro-ministro, José Sócrates, uma reunião urgente para o alertar para as consequências "gravíssimas" dos cortes previstos para o sector.
Os sindicatos querem que a reunião tenha lugar até ao dia 18 de Novembro - véspera do início da Cimeira da NATO, em Lisboa -, caso contrário já decidiram que, entre os dias 19 e 24 de Novembro (dia da greve geral) os agentes irão adoptar uma "postura mais pedagógica e preventiva em todas as fiscalizações, não apenas de trânsito", em vez da repressão.
Reunidos em Lisboa, os responsáveis das seis estruturas sindicais da PSP, GNR, SEF, ASAE, Guarda Prisional e Polícia Marítima que integram a CCP aprovaram uma moção onde acusam os "sucessivos Governos" de , ao longo dos últimos anos, terem "desprezado" o sector da segurança interna, com consequências "graves, transversais ao nível da modernização dos equipamentos, instalações e, acima de tudo, da desvalorização dos trabalhadores".
No caso da PSP, segundo Paulo Rodrigues, a verba de 600 milhões de euros para 2011 corresponde a um défice de 86 milhões, o que significa que pode não dar para pagar os salários de todo o ano.
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