«O valor que o Governo anunciou como previsível até ao final do ano é de 15 milhões de euros, pelo que pode dizer-se que a receita obtida nos primeiros 15 dias está dentro das previsões. Mas se essa média se mantiver, as previsões podem mesmo ser ultrapassadas», disse fonte do Ministério das Obras Públicas.A cobrança de portagens nas antigas SCUT da Costa de Prata, Grande Porto e Norte Litoral arrancou a 15 de Outubro, tendo até ao final desse mês sido obtida uma receita de 3,5 milhões de euros.
Se esta média quinzenal se mantiver, até ao final do ano serão arrecadados 17,5 milhões de euros.
A fonte do Ministério das Obras Públicas sublinhou ainda que o encaixe deste ano poderia, ainda de acordo com as previsões, ascender a 25 milhões de euros, «se não houvesse as isenções e os descontos».
No dia 15 de Novembro, as comissões de utentes daquelas três antigas SCUT lançaram um abaixo-assinado para exigir ao Governo que recue na decisão de cobrar portagens naquelas autoestradas, que já reuniu mais de 2500 assinaturas.
O porta voz das comissões de utentes, José Rui Ferreira, disse hoje que o documento deverá ser enviado em Janeiro à Assembleia da República e manifestou-se esperançado de que o processo poderá ser revertido.
«Já não seria a primeira vez que isso aconteceria. A saída da A4 em Ermesinde também já teve portagens e, por pressão dos utentes, elas foram retiradas», referiu.
Entretanto, o protesto contra as portagens também já chegou às redes sociais na Internet, com um apelo no Facebook ao boicote «a 100 por cento» à circulação nas antigas SCUT.
«Se ninguém circular nas SCUT, as receitas desaparecem e, por arrasto, as portagens também desaparecerão», disse o autor do apelo.
Sol/Lusa
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