Cinco mil GNR sem subsídio
Comandantes de posto ficam de vez sem subsídio de escala, cerca de 150 euros por mês.
Os cinco mil militares da GNR que tinham um mês em atraso no recebimento do subsídio de escala, o que representa uma perda de cerca de 150 euros no ordenado, voltaram a não receber em Fevereiro. E tudo porque o comando-geral, para uniformizar critérios no regime de remunerações, atrasou o pagamento a estes militares para dois meses – como já acontece com os restantes 20 mil elementos da GNR. Quem já não tem sequer direito ao subsídio de escala – pago pelo trabalho operacional – são os sargentos, comandantes de postos territoriais. Ao contrário de elementos com funções técnicas ou de secretaria na GNR – que continuam a receber.
Os sargentos que estão colocados como comandantes de investigação criminal também estavam contemplados pela medida, de forma a deixarem de receber subsídio de escala, mas instalou-se a polémica interna, apurou o CM, e o comando-geral foi obrigado a recuar.
O não pagamento de subsídio de escala aos cinco mil militares, no salário de Fevereiro, foi decidido por despacho interno datado de 15 de Fevereiro. E os prejudicados são do comando em Lisboa, do comando de Faro e da Unidade de Controlo Costeiro – que já haviam recebido o subsídio de escala em Janeiro pelos serviços feitos em Novembro de 2009. No mês passado, foram abonados apenas os elementos da Guarda que prestaram serviço operacional em Dezembro.
'Daqui para diante, o subsídio de escala será pago com dois meses de atraso em relação ao serviço a que correspondem', uniformemente a todos os militares, disse ao CM fonte do comando-geral.
No despacho de 15 de Fevereiro, o efectivo da GNR foi ainda informado de novas regras de pagamento do subsídio, que passa agora a ser atribuído a militares com funções operacionais ou de apoio às mesmas, desde que exercidas em regime de rotatividade de horário.
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