22/09/2011

Brasileira e funcionário autárquico em prisão preventiva

O Tribunal da Covilhã decretou hoje, já ao início da noite, a prisão preventiva da mulher de nacionalidade brasileira e do funcionário da Câmara da Covilhã (apresentou-se em tribunal como namorado da primeira) acusados de pertencerem a uma rede organizada de extorsão de dinheiro. Os restantes três arguidos, onde se inclui um agente da PSP, saíram em liberdade e clamando inocência.
“Não fiz nada. Eu sou mais do que inocente e isto é uma cabala que estão a montar contra mim”, garantiu à saída do tribunal o agente da PSP, que, apontado como braço direito da cabecilha do grupo, teve de pagar uma caução de 20 mil euros e está proibido de falar com os demais arguidos, bem como de se ausentar do país.
Os outros dois arguidos (uma mulher que trabalhou durante anos numa associação recreativa da Covilhã e um elemento de etnia cigana) ficam obrigados a apresentações periódicas semanais.
Recorde-se que esta rede está indiciada de extorquir, com base em chantagem e ameaças verbais e físicas, dinheiro a homens casados ou mais vulneráveis e também a senhoras idosas. A investigação tem identificadas 12 vítimas (presume-se que sejam muitas mais), sendo que há apenas quatro queixas formais, duas delas de cidadãs brasileiras que despoletaram a investigação. De resto, presume-se que a rede tenha obtido benefícios superiores a 700 mil euros, apesar de as contas bloqueadas só apresentarem um saldo de 400 mil euros.
Por: Catarina Canotilho

Sem comentários:

Enviar um comentário