Isto porque "esse reforço de orçamento não garante
nada. É uma promessa sem data marcada e o MAI tem de perceber que os
polícias não podem ser duplamente prejudicados", garante Paulo
Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da
Polícia (ASPP/PSP). "Tal como os outros trabalhadores do Estado,
sofremos um corte de 3,5% no vencimento logo no início do ano. E, como o
estatuto profissional da PSP ainda não entrou em vigor, há 2700
polícias que só recebem 93% do vencimento que deveriam auferir. A isto
acrescente-se ainda a dívida dos fardamentos", acusa.
"Os
polícias não querem ser beneficiados, mas é inadmissível serem tão
prejudicados. Isso cria um sentimento de injustiça", reclama Paulo
Rodrigues. O sentimento é agravado pelas diferenças salariais desde o
início de carreira, quando comparados com outros sectores da Função
Pública (ver infografia), situação que piora ao longo da carreira de um
agente da PSP ou de um guarda da GNR, principalmente se o novo estatuto
remuneratório continuar a não ser aplicado.
A
‘Semana da Indignação’ começa amanhã com a participação de elementos da
PSP, GNR, Polícia Marítima, SEF, Guarda Prisional e ASAE.
O
protesto passa por faltas ao trabalho – através de baixas médicas,
folgas e férias –, menos acções de fiscalização e ‘greve’ às multas.
OFICIAIS DA PSP FICAM DE FORA
O
Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia anunciou ontem que "não
participará directamente nos protestos" por entender que "os sinais
transmitidos pelo Governo parecem indiciar uma verdadeira vontade de
resolver os graves problemas que assolam a PSP e os seus profissionais".
Ainda assim, esta estrutura sindical agendou uma assembleia geral
extraordinária para sábado.
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