Vítimas eram seduzidas para depois serem alvo de chantagem ou até de agressão física. Rede terá extorquido mais de 700 mil euros. Processo tem cinco arguidos, um é agente da PSP
“TOU avisando. Eu há muito tempo mandei meter fogo na chaminé do Américo. Juro que você vai ficar f... comigo. Te juro por Deus. Tens até amanhã. Não quero papel. Quero amanhã meu guito na minha conta. Faz já senão te faço a vida negra”.
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“Pagas ou vais ter a ciganada da Covilhã à sua porta...”.
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“Amanhã quero o meu dinheiro. Amanhã em meu nome, aí já deixo você em paz. Pode mudar o número de telemóvel, mas eu te encontro. Amanhã quero o meu guito”.
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Escritas com muitas abreviaturas, inúmeros “x” e “k” e bastantes palavrões, estas são três das várias mensagens telefónicas que incriminam a alegada cabecilha de uma rede de extorsão de dinheiro.
Janete Pires, brasileira de 38 anos, residente na Covilhã, é acusada de seduzir homens a quem depois extorquia elevadas quantias de dinheiro. Suspeita-se que a rede (alegadamente inclui um agente da PSP) tenha conseguido amealhar mais de 700 mil euros. Entre as vítimas haverá dezenas de pessoas de toda a região. As autoridades já identificaram 12, mas só quatro estão devidamente referenciadas nos documentos emitidos pelo tribunal na quinta-feira, três dias depois de o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) ter montado uma operação que conduziu à detenção das cinco pessoas.
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Por: Catarina Canotilho
Uma delas está no Brasil com nome diferente. Está aqui como se nada tivesse acontecido.
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