16/09/2010

Castigo

Ao contrário de outros dos seus pares – que pensam o mesmo, mas preferem discutir o assunto em voz baixa, prudentemente e à cautela, à espera de uma oportunidade, um lugar no topo, uma promoção –, o director de Aveiro e o de Lisboa não calaram a opinião. Em vez de os ouvir, a Direcção Nacional castiga-os. Não interessa, para já, se Teófilo Santiago e José Braz têm razão.
O modelo de investigação criminal partilhado pela PJ, PSP e GNR terá de ser discutido a sério – e chegaremos à conclusão se faz sentido, ou se é de evitar, a unificação das polícias. O que importa, por agora, é que foram punidos por delito de opinião. Teófilo Santiago coordena a investigação do processo ‘Face Oculta’ que tantas dores de cabeça tem dado ao Governo. O castigo, aplicado um ano depois do ‘crime’, tem um travo a aviso – para não ter opinião ou, pelo menos, para não falar muito alto.

Sem comentários:

Enviar um comentário