14/05/2016

Cuidar de quem cuida de nós

Governos não tiveram sensibilidade para polícias.
CM
14.05.2016 01:45 
Polícias sem condições de trabalho e de vida, dominados por um sentimento de injustiça por parte do Estado, são um verdadeiro barril de pólvora para si próprios e para a sociedade. Este não é o retrato geral da PSP e GNR, mas quando há 15 mil polícias a necessitar de apoio psicológico temos aí o sintoma de uma grave doença que ameaça gangrenar o Estado de Direito. Os sucessivos governos não têm tido a melhor sensibilidade para lidar com os pilares essenciais do poder de Estado, concentrados nos ministérios da Administração Interna e da Justiça, e muito menos com os homens e mulheres que os servem. Umas vezes, o modelo de organização das polícias é o mero joguete de um eleitoralismo inaceitável. Outras, concentram-se nas forças policiais todas as tensões partidárias de luta intestina pelo poder. Com poucas exceções, a relação dos dirigentes políticos com as polícias tem sido de ignorância quanto aos reais problemas das pessoas que as servem. Em quarenta anos de democracia fica mais a generosidade de quem garante a segurança de todos nós do que a competência política de quem decide sobre a vida desses homens e mulheres. Já era tempo de equilibrar os pratos da balança e cuidar mais e melhor de quem cuida de nós.
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