26/09/2011

Associação da PSP acusa comandantes de pressionarem polícias a passar multas

O secretário da Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança (CCP) acusou alguns comandantes de pressionarem polícias a passarem multas durante a semana de “indignação”, disse hoje à Lusa Paulo Rodrigues.
O representante associativo afirmou hoje em declarações à agência Lusa que “alguns comandantes pressionam os agentes a passarem multas”.

As indicações dos responsáveis policiais surgem durante a “Semana da Indignação dos Polícias”, que termina na quarta-feira, apesar de as associações sindicais terem sensibilizado os “agentes para passar menos multas e utilizarem meios legais para faltarem ao trabalho, como folgas e férias”, disse.

Paulo Rodrigues adiantou existir a “tentativa de tornear a situação, por parte de alguns oficiais, não todos, como exemplo o comandante [da PSP] de Portalegre”, que “pressiona os agentes a passarem coimas e quer saber quantas multas foram passadas”, revelou Paulo Rodrigues.

A Lusa tentou contactar o comando de Portalegre mas até ao momento não obteve resposta.

De acordo com secretário nacional, a “Semana da Indignação dos Polícias” é um protesto contra o “incumprimento do Governo às tabelas salariais dos agentes, conforme a lei aprovada pelo anterior Governo”, o que “cria desmotivação e instabilidade no seio da instituição”.

A lei das remunerações da polícia foi também tema de declarações do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, acusando o anterior Governo de “leviandade” e alegando que a aplicação do sistema remuneratório teria um impacto financeiro adicional para o Estado de 68,7 milhões de euros em dois anos.

A agência Lusa contactou o ex-ministro da Administração Interna, Rui Pereira, para comentar as declarações de Miguel Macedo, mas aquele respondeu “não querer fazer qualquer comentário sobre qualquer assunto”.

CONCENTRAÇÃO DE POLICIAS

 

Reunião entre ASPP/PSP e SPP

A Associação sindical dos profissionais da Polícia - ASPP/PSP e o Sindicato dos Profissionais da Polícia - SPP reuniram hoje, pelas 12H00 (ler mais)

25/09/2011

‘Indignação’ tira dois PSP de cada esquadra por dia

Comissão coordenadora permanente faz balanço positivo de quatro dias de protesto, que acaba na quarta-feira A Comissão Coordenadora Permanente (CCP) das Forças de Segurança estima que desde o início da ‘Semana da Indignação’, há quatro dias, entre um a dois agentes da PSP não tenham ido trabalhar por dia, em cada uma das 350 esquadras do País.
Feitas as contas, representa uma média de cerca de 500 elementos policiais aderentes ao protesto, diariamente, em toda a PSP. Segundo Paulo Rodrigues, porta-voz da CCP, "as esquadras do Calvário, em Lisboa, e do Bom Pastor, no Porto, estão entre as que mais aderiram". "Na maioria dos casos, o pessoal recorreu a excessos de serviço", explicou. A ‘Semana da Indignação’ termina na quarta-feira, com uma marcha que começará pelas 17h00, junto à Assembleia da República, em Lisboa.

22/09/2011

Brasileira e funcionário autárquico em prisão preventiva

O Tribunal da Covilhã decretou hoje, já ao início da noite, a prisão preventiva da mulher de nacionalidade brasileira e do funcionário da Câmara da Covilhã (apresentou-se em tribunal como namorado da primeira) acusados de pertencerem a uma rede organizada de extorsão de dinheiro. Os restantes três arguidos, onde se inclui um agente da PSP, saíram em liberdade e clamando inocência.
“Não fiz nada. Eu sou mais do que inocente e isto é uma cabala que estão a montar contra mim”, garantiu à saída do tribunal o agente da PSP, que, apontado como braço direito da cabecilha do grupo, teve de pagar uma caução de 20 mil euros e está proibido de falar com os demais arguidos, bem como de se ausentar do país.
Os outros dois arguidos (uma mulher que trabalhou durante anos numa associação recreativa da Covilhã e um elemento de etnia cigana) ficam obrigados a apresentações periódicas semanais.
Recorde-se que esta rede está indiciada de extorquir, com base em chantagem e ameaças verbais e físicas, dinheiro a homens casados ou mais vulneráveis e também a senhoras idosas. A investigação tem identificadas 12 vítimas (presume-se que sejam muitas mais), sendo que há apenas quatro queixas formais, duas delas de cidadãs brasileiras que despoletaram a investigação. De resto, presume-se que a rede tenha obtido benefícios superiores a 700 mil euros, apesar de as contas bloqueadas só apresentarem um saldo de 400 mil euros.
Por: Catarina Canotilho

Brasileira e agente da PSP extorquiam dinheiro a homens

Uma mulher de nacionalidade brasileira, residente na Covilhã, e um agente da PSP, que prestava serviço na esquadra daquela cidade, são as figuras centrais de uma alegada associação criminosa que tinha como base a extorsão de elevadas quantias de dinheiro a homens que se envolvessem sexualmente com a referida suspeita.
Os suspeitos estavam a ser investigados há mais de cinco meses pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) que desencadeou, hoje, uma operação que conduziu à detenção destes dois arguidos e de mais três indivíduos, um dos quais funcionário autárquico. De resto, o agente – tem graduação de chefe - foi detido na esquadra.
Em comunicado o SEF confirma a realização da operação “Estrela”, durante a qual também foram realizadas buscas domiciliárias e apreensões, e revela que em causa está a prática dos “crimes de auxílio à imigração ilegal com intenção lucrativa, associação de auxílio à imigração ilegal, lenocínio, extorsão, falsificação ou contrafacção de documentos, abuso de poderes e corrupção passiva para acto ilícito, branqueamento de capitais e associação criminosa”, consta do documento. O comunicado não adianta, contudo, qualquer pormenor acerca dos factos em causa, nem tão pouco da identidade dos arguidos.
Todavia, ao que o JF apurou, a mulher de nacionalidade brasileira operava na região há bastante tempo e tem vários processos pendentes no Tribunal da Covilhã. Algumas das investigações foram levadas a cabo pela PSP e terá sido no decurso das mesmas que a suspeita e o agente da PSP indiciado, cerca de 40 anos e residente no Fundão, se conheceram. Travaram uma relação de familiaridade e cordialidade que conduziu à associação criminosa.
Os cinco suspeitos serão presentes a tribunal durante a manhã de quinta-feira. Para o local já foi pedido reforço de segurança.

Catarina Canotilho com Célia Domingues

Escutas tramaram brasileira que liderava rede de extorsão

Vítimas eram seduzidas para depois serem alvo de chantagem ou até de agressão física. Rede terá extorquido mais de 700 mil euros. Processo tem cinco arguidos, um é agente da PSP
“TOU avisando. Eu há muito tempo mandei meter fogo na chaminé do Américo. Juro que você vai ficar f... comigo. Te juro por Deus. Tens até amanhã. Não quero papel. Quero amanhã meu guito na minha conta. Faz já senão te faço a vida negra”.
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“Pagas ou vais ter a ciganada da Covilhã à sua porta...”.
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“Amanhã quero o meu dinheiro. Amanhã em meu nome, aí já deixo você em paz. Pode mudar o número de telemóvel, mas eu te encontro. Amanhã quero o meu guito”.
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Escritas com muitas abreviaturas, inúmeros “x” e “k” e bastantes palavrões, estas são três das várias mensagens telefónicas que incriminam a alegada cabecilha de uma rede de extorsão de dinheiro.
Janete Pires, brasileira de 38 anos, residente na Covilhã, é acusada de seduzir homens a quem depois extorquia elevadas quantias de dinheiro. Suspeita-se que a rede (alegadamente inclui um agente da PSP) tenha conseguido amealhar mais de 700 mil euros. Entre as vítimas haverá dezenas de pessoas de toda a região. As autoridades já identificaram 12, mas só quatro estão devidamente referenciadas nos documentos emitidos pelo tribunal na quinta-feira, três dias depois de o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) ter montado uma operação que conduziu à detenção das cinco pessoas.

Conheça toda a história na edição semanal.
Por: Catarina Canotilho

É muitíssimo estreito o caminho para resolver problema das forças de segurança, diz ministro

O ministro da Administração Interna afirmou que respeita os direitos das associações e sindicatos das forças de segurançaO ministro da Administração Interna disse hoje que “é muitíssimo estreito” o caminho para resolver o problema das forças de segurança em relação às novas tabelas remuneratórias, considerando “incompreensível” que esta matéria tenha sido tratada “com ligeireza”.
“O caminho que temos pela frente é muitíssimo estreito, não temos recusado diálogo e o apelo à ponderação e ao bom senso de todos no tratamento desta matéria, sem esconder que a situação é evidentemente muito difícil”, disse aos jornalistas Miguel Macedo à margem da assinatura de um protocolo para facilitar a obtenção de passaportes, em Lisboa.

Questionado sobre a “Semana da Indignação dos Polícias”, que hoje começa, o ministro da Administração Interna afirmou que respeita os direitos das associações e sindicatos das forças de segurança, adiantando que a paz pública não vai ser colocada em causa com as acções de protestos previstas.

“Há um conjunto de acções que estão marcadas, não creio que essas acções possam sair dentro daquilo que é o normal da expressão de desencanto e de desilusão por promessas que foram feitas e não foram cumpridas”, sustentou.

Os profissionais das forças e serviços de segurança iniciam hoje a “Semana da Indignação dos Polícias” para exigir ao Governo que os coloque nas novas tabelas remuneratórias a que legalmente têm direito e que entraram em vigor em Janeiro de 2010.

Miguel Macedo sublinhou que compreende “muito bem as aspirações que foram criadas aos membros das forças de segurança”.

“Acho incompreensível que em relação a forças de segurança com a relevância que têm, porque nelas está depositada a garantia de paz pública e tranquilidade pública da comunidade, uma matéria deste relevo tenha sido tratada com a ligeireza como foi”, realçou.

O novo sistema remuneratório das forças de segurança teve uma aplicação “ínfima no conjunto das pessoas abrangidas”. Segundo Miguel Macedo, em cerca de 49 mil agentes da PSP e militares da GNR, transitaram para as novas tabelas remuneratórias aproximadamente 4.000.

O ministro adiantou que em termos globais a transição para as novas tabelas têm um custo total de 68,7 milhões de euros.

Convocada pela Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, a semana de protesto começa com uma reunião no Porto, onde vai ser feita uma avaliação da actual situação, e termina no dia 28, em Lisboa, com uma manifestação ou concentração.

Ao longo da semana, cada estrutura representativa das forças e serviços de segurança vai promover a suas próprias iniciativas de protesto.

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), o maior sindicato da PSP, desafia os polícias a passarem menos multas e a faltarem ao trabalho de forma legal durante a semana de protesto.

Também a Associação dos Profissionais da Guarda (APG), a estrutura mais representativa da GNR, apelou a todos os militares desta força de segurança para que participem na semana de luta, passando a mensagem que “dentro do quadro legal devem exercer os seus direitos para demonstrar a indignação”.

ASPP devolve acusação de «ligeireza»

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) devolveu ao ministro da Administração Interna a acusação de «ligeireza», dizendo que os polícias só exigem o cumprimento da lei. 
O ministro Miguel Macedo criticou, esta quarta-feira, os sindicatos e as associações de policia pela forma como defendem as suas reivindicações.
Na resposta, Paulo Rodrigues lembrou ao ministro que os policias reivindicam apenas o cumprimento da lei.
«O ministro da Administração Interna está, de alguma maneira, a avaliar esta situação de forma muito ligeira, porque consideramos que a exigência do cumprimento da lei é legítima», afirmou. 
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=2010257

20/09/2011

Polícias iniciam semana de luta na quarta-feira


O secretário nacional da CCP, Paulo Rodrigues, disse à agência Lusa que só desistem da semana de protesto se o Ministério da Administração Interna (MAI) garantir que coloca todos os profissionais das forças de segurança na nova tabela remuneratória, que entrou em vigor em Janeiro de 2010.
"Há notícias que o orçamento do MAI vai aumentar no próximo ano. É um sinal positivo, mas em nada garante que os problemas vão ser resolvidos", adiantou Paulo Rodrigues, que é também presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP). Até porque, sustentou, se o orçamento não fosse aumentado "tínhamos que fechar as portas à Polícia".
Ao longo da semana, cada estrutura representativa das forças e serviços de segurança vai promover a suas próprias iniciativas de protesto.
A ASPP, o maior sindicato da PSP, desafia os polícias a passarem menos multas e a faltarem ao trabalho de forma legal durante a semana de protesto.

Também a Associação dos Profissionais da Guarda (APG), a estrutura mais representativa da GNR, apelou a todos os militares desta força de segurança para que participem na semana de luta, passando a mensagem que "dentro do quadro legal devem exercer os seus direitos para demonstrar a indignação".
Além da APG e da ASPP, fazem parte da CCP a Associação Sócio-profissional da Polícia Marítima (ASPPM), o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), o Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF-SEF) e a Associação Sindical dos Funcionários da ASAE.
Destas estruturas só o sindicato dos investigadores do SEF é que não vai participar nos protestos por estar em negociações com a tutela.
A principal reivindicação está no incumprimento da aplicação das novas tabelas remuneratórias na PSP e na GNR, tendo em conta que há profissionais que já foram colocados nos novos índices remuneratórias em 2010 e outros, a maioria, ainda não transitaram.
Na semana passada, no Parlamento, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, disse que é "muito reduzida" a margem de manobra para resolver o problema das remunerações que herdou do anterior executivo socialista, tendo em conta o impacto financeiro.
Segundo o ministro, colocar todos os elementos da PSP e da GNR nas novas posições remuneratórias, regularizando assim a situação, teria um custo de mais de 60 milhões de euros.
Dados do MAI indicam que na PSP foram promovidos 1.146 polícias no ano passado, faltando promover 1.858, enquanto na GNR entraram para o novo sistema remuneratório 1.871, tendo ficado de fora 21.402.
Apesar de concordarem com os protestos, os restantes sindicatos da PSP, que não fazem parte da CCP, ainda não decidiram se vão participar nos protestos, aguardando por mais esclarecimentos do MAI. O Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia (SNOP), que congrega quase a totalidade dos comandantes da PSP, disse que "não participará directamente" nos protestos, mas "compreende" a iniciativa.
A Associação Nacional de Oficiais da Guarda também não vai participar na semana de luta.

Polícias exigem reposição da lei em semana de protesto

“Greve as multas” é uma das medidas de contestação previstas pelas associações profissionaisO Governo não cedeu e as forças de segurança avançam hoje com os protestos. PSP, GNR, Guarda Prisional, ASAE, Polícia Marítima e SEF saem à rua dia 28
Sem acordo, os polícias avançam mesmo com os protestos prometidos. A "Semana da Indignação" arranca hoje com milhares de profissionais das forças de segurança para exigir ao Governo que os coloque nas novas tabelas remuneratórias legalmente definidas em 2009. Uma semana de protesto convocada pela Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, que começa com um encontro nacional no Porto, em que será avaliada a situação. Os protestos agendados terminam dia 28, em Lisboa, com uma manifestação.
O secretário nacional da CCP, Paulo Rodrigues, insistiu até ontem - prazo limite para uma solução da parte do Governo - que as forças de segurança só desistem dos protesto se o Ministério da Administração Interna (MAI) garantisse a colocação de todos os agentes e oficiais na nova tabela remuneratória, em vigor desde Janeiro de 2010. "Há notícias de que o orçamento do MAI vai aumentar no próximo ano. É um sinal positivo, mas em nada garante que os problemas vão ser resolvidos", disse o também presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP).
O ministro da Administração Interna disse na semana passada no Parlamento que 1.871 polícias entraram no novo sistema remuneratório e 21.402 ficaram de fora. Macedo responsabilizou o Governo anterior pela situação e acrescentou que o novo estatuto salarial "implicou um brutal aumento de despesa". "O impacto orçamental daqueles três diplomas [GNR, Guarda e PSP] ascendia a 68,7 milhões de euros", disse Miguel Macedo aos deputados.

Promessas não travam polícias

O Ministério da Administração Interna (MAI) já garantiu um reforço de verbas para as forças de segurança em 2012 – cerca de 1,8 mil milhões de euros, mais 400 milhões do que este ano. Mas nem isso demove as polícias de saírem à rua a partir de amanhã, o primeiro dia da ‘Semana da Indignação’, que irá terminar no dia 28 com uma marcha de protesto em Lisboa.
Isto porque "esse reforço de orçamento não garante nada. É uma promessa sem data marcada e o MAI tem de perceber que os polícias não podem ser duplamente prejudicados", garante Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP). "Tal como os outros trabalhadores do Estado, sofremos um corte de 3,5% no vencimento logo no início do ano. E, como o estatuto profissional da PSP ainda não entrou em vigor, há 2700 polícias que só recebem 93% do vencimento que deveriam auferir. A isto acrescente-se ainda a dívida dos fardamentos", acusa.
"Os polícias não querem ser beneficiados, mas é inadmissível serem tão prejudicados. Isso cria um sentimento de injustiça", reclama Paulo Rodrigues. O sentimento é agravado pelas diferenças salariais desde o início de carreira, quando comparados com outros sectores da Função Pública (ver infografia), situação que piora ao longo da carreira de um agente da PSP ou de um guarda da GNR, principalmente se o novo estatuto remuneratório continuar a não ser aplicado.
A ‘Semana da Indignação’ começa amanhã com a participação de elementos da PSP, GNR, Polícia Marítima, SEF, Guarda Prisional e ASAE.
O protesto passa por faltas ao trabalho – através de baixas médicas, folgas e férias –, menos acções de fiscalização e ‘greve’ às multas.
OFICIAIS DA PSP FICAM DE FORA
O Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia anunciou ontem que "não participará directamente nos protestos" por entender que "os sinais transmitidos pelo Governo parecem indiciar uma verdadeira vontade de resolver os graves problemas que assolam a PSP e os seus profissionais". Ainda assim, esta estrutura sindical agendou uma assembleia geral extraordinária para sábado.

O GOVERNO TEM DE CUMPRIR A LEI

O Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP-PSP) vem, por este meio, esclarecer todos os seus associados e demais polícias que, apesar de estar solidário com todas as manifestações de protesto visando alertar para a grave situação que se vive na Polícia de Segurança Pública, resolveu aguardar pelo fim das negociações com o Ministério da Administração Interna, com o objectivo de resolver o problema da colocação de todos os polícias nos índices remuneratórios a que legalmente têm direito. O SPP-PSP já manteve várias reuniões com responsáveis daquele ministério, tendo obtido ... (ler mais)

19/09/2011

Sindicato de polícias acredita na vontade do Governo


E por isso não vai participar «directamente» nos protestos


O Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia (SNOP) anunciou esta segunda-feira que «não participará directamente» nos protestos dos polícias a iniciar na quarta-feira, mas «compreende» os motivos da luta convocada pela maioria dos sindicatos das forças e serviços de segurança.

«A decisão agora anunciada funda-se no entendimento de que os sinais transmitidos pelo Governo parecem indiciar uma verdadeira vontade em resolver, pelo menos parcialmente, os graves problemas que assolam a Polícia de Segurança Pública (PSP) e os seus profissionais, considerando-se adequado aguardar mais alguns dias pela concretização dessa vontade», refere o SNOP em comunicado, depois de uma reunião realizada hoje.

O semanário Expresso escreveu no sábado que o «receio de uma situação explosiva e reivindicações salariais levam Governo a isentar o MAI [Ministério da Administração Interna] dos cortes [orçamentais] previstos para todos os ministérios» em 2012, adiantando que a verba é superior à deste ano.

No entanto, na semana passada, no Parlamento, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, disse que a margem de manobra para resolver o problema das tabelas remuneratórias na PSP e GNR é «muito reduzida».

A Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança realiza a partir de quarta-feira a «Semana da indignação dos Polícias» contra a existência de duas tabelas remuneratórias nas forças de segurança, protesto que termina no dia 28 com uma manifestação em Lisboa.

O maior sindicato da PSP, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), já começou a desafiar os polícias a passar menos multas e a faltar ao trabalho de forma legal na próxima semana.

Apesar de não aderir a esta iniciativa, o SNOP refere que «vê-se obrigado a compreender a posição assumida nesta fase pela ASPP e considera que a mesma, susceptível de implicar prejuízos significativos à actividade da PSP e indesejáveis no contexto actual, resultou da incapacidade da Administração em resolver problemas já há muito identificados e cuja resolução em muito contribuirá para serenar a família policial».

Entretanto, esta estrutura sindical, que representa a quase totalidade dos comandantes da PSP e os oficiais formados no Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, marcou uma assembleia-geral extraordinária para sábado, destinada «a avaliar o panorama institucional e socioprofissional, bem como definir as medidas a adoptar em caso de necessidade».

A CCP é constituída pela Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP), Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), Associação Sócio-profissional da Polícia Marítima (ASPPM), Sindicato Nacional dos Guardas Prisionais (SNGP), Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF-SEF) e Associação Sindical dos Funcionais da ASAE.

“Polícia escolhia os alvos”

Covilhã: Rede de extorsão desmantelada há cinco dias
Janete Pires, a brasileira que liderava uma rede de extorsão desmantelada na última quarta-feira pelo SEF, afirmou que foi o chefe da PSP da Covilhã, Francisco Casteleiro, quem lhe forneceu os dados de alguns dos "alvos que viria a atacar".
Em declarações ao CM, Francisco Casteleiro, 54 anos, desmente todas as acusações: "Nos últimos três dias fui julgado, condenado e crucificado na Comunicação Social, mas dediquei a minha vida à lei e à justiça e estou certo de que o meu nome vai sair limpo no fim de tudo isto. Até lá, vou andar de cabeça erguida, porque não fiz nada."
O chefe da PSP da Covilhã garante que "é tudo mentira". "É uma cabala contra mim e mais alguém", assegura, sem adiantar nomes. Defende que "a única razão" que levou à sua detenção foi o facto de "ser polícia, porque não há nada que me envolva nesta situação, apenas conhecia as pessoas, e porque há alguém no SEF que está ansioso por mostrar serviço."
As declarações de Francisco Casteleiro contradizem o testemunho de Janete Pires, que, segundo fonte ligada à investigação, garantiu que num dos casos foi o chefe da PSP quem lhe disse que a vítima tinha "muito dinheiro, máquinas e quintas" e até tinha "dinheiro enterrado. Disse para investir nele que não faltaria dinheiro".
Numa outra situação, de acordo com a denúncia da mulher, o "chefe Casteleiro telefonou para o BES a fazer-se passar por outra vítima", enquanto ela se apresentava ao balcão como filha da pessoa que tentava extorquir, através de uma transferência de 7300 euros.
A recompensa do chefe da polícia seria, como afirmou ao juiz, o pagamento de "uma comissão, consoante o dinheiro que conseguiria obter, mas de pelo menos 700 a 800 euros por mês", quantias essas que seriam entregues em tranches, inclusive "no seu gabinete, na esquadra da Covilhã".
Por:Alexandre Salgueiro

16/09/2011

Covilhã: Tribunal decide caução de 20 mil euros para chefe de polícia

O Tribunal da Covilhã colocou em prisão preventiva duas das cinco pessoas detidas pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) na quarta-feira na zona da Covilhã, disse fonte judicial à Agência Lusa.
O SEF deteve duas mulheres e três homens suspeitos dos crimes de auxílio à emigração ilegal, falsificação de documentos e extorsão, entre outros.
As medidas de coação foram anunciadas pelas 19:30 horas de hoje.
A alegada cabecilha do grupo, de nacionalidade brasileira, e o namorado, funcionário municipal, vão continuar detidos após dois dias de audições.
O chefe de polícia, também detido, vai ter que pagar uma caução de 20 mil euros para regressar à liberdade e está proibido de se ausentar da área de residência, assim como de contactar com os restantes arguidos.
Já na quinta-feira, a Direção Nacional da PSP tinha anunciado a suspensão do agente e instauração de um processo disciplinar.
À saída do tribunal, o polícia disse ser “inocente” e que tudo não passava de “uma cabala”.
Os restantes dois detidos, outra mulher e outro homem, também suspeitos de estar envolvidos na associação criminosa, vão aguardar o desenrolar do inquérito obrigados a apresentações regulares às autoridades.
Os detidos estariam alegadamente envolvidos num esquema em que a suposta cabecilha seduzia homens, para depois os ameaçar de revelar o envolvimento caso não pagassem determinadas quantias em dinheiro.
Os restantes detidos seriam cúmplices e teriam como função pressionar quem resistisse à chantagem.
De acordo com a investigação do SEF que está nas mãos do Ministério Público da Covilhã, os detidos são ainda suspeitos de falsificarem documentos e os venderem a imigrantes ilegais.

Idosos foram atrás de sexo fácil e acabaram roubados em 700 mil euros


O grupo, onde se contam um chefe da PSP e um funcionário da câmara local, ter-se-á apoderado, no último ano e meio, de cerca de 700 mil euros. Para já conhecem-se 12 vítimas, número que deverá aumentar com a notícia das detenções.

As investigações iniciadas em 2009, após uma denúncia, terminaram na quarta-feira quando um idoso da Covilhã foi surpreendido num quarto da casa para onde uma mulher brasileira o levara na presunção de que iria ter sexo. Não teve. O que ganhou foi um valente susto quando a porta do quarto se abriu violentamente e entrou um homem, ameaçador, gritando que era inspector da Polícia Judiciária (PJ) e que mataria o homem que estava prestes a deitar-se com a sua mulher.

Matar? Bem... Para tudo há um perdão e a infidelidade em causa poderia ser esquecida por... nove mil euros. Temendo pela vida, o homem fez um primeiro levantamento de algumas centenas de euros e, depois, foi ao banco onde tratou de sacar o restante para aplacar a ira do marido enganado. Entregou o dinheiro e, de seguida, foi apresentar queixa. Quando os inspectores do SEF, que há muito investigavam a onda de crimes de amor, conseguiram contactar com o banco onde já fora depositado o valor da extorsão, ainda encontraram todo o dinheiro dentro da máquina automática de levantamentos e depósitos. Tratava-se, pois, de uma forma segura encontrada pelos suspeitos para não se exporem perante eventuais testemunhas.

Não havia qualquer inspector da PJ envolvido, mas havia um chefe da PSP local, homem que já estava a ser alvo de um inquérito interno por suspeita de conduta ilegal. Também havia três outros indivíduos cujas funções na organização passavam pela falsificação de documentos, pela prática de ameaças às vítimas relutantes em aceder à chantagem e pela escolha dos próprios idosos que, atendendo à sua condição social e, principalmente, financeira, poderiam ser alvos fáceis.

Numa ocasião, um dos homens extorquidos terá mesmo sido metido na bagageira de um carro onde permaneceu durante horas e fez centenas de quilómetros, tendo mesmo sido transportado para Espanha, onde o terão ameaçado de morte caso teimasse em não dar o dinheiro exigido.

Um dezena de vítimas
O PÚBLICO sabe que as primeiras estimativas apontam para que o grupo se tenha apoderado, desde há um ano e meio, de cerca de 700 mil euros, dinheiro que seria propriedade de uma dezena de vítimas (da Covilhã, Tortosendo, Fundão e Unhais da Serra).

Num dos casos investigados, o grupo terá sacado cerca de 300 mil euros a uma só pessoa. Primeiro seduzido e depois ameaçado, o homem entregou-se aos amores da insinuante brasileira. Mais tarde, viu a sua documentação pessoal devassada, furtada e falsificada e, com o passar dos meses, a conta bancária esvaziada.

Os cinco detidos nesta operação do SEF - que envolveu 50 inspectores e ainda uma equipa da GNR - deverão ser acusados de extorsão, furto qualificado, falsificação de documentos e auxílio à imigração ilegal, uma vez que, alegadamente, utilizavam documentos das vítimas para celebrarem falsos contratos que vendiam a estrangeiros.

No decurso da operação, denominada Estrela, foram apreendidos dois carros. Sabe-se que parte do dinheiro extorquido foi depositado em contas pessoais dos suspeitos, mas a maior parte da quantia foi para as contas de alguns familiares dos envolvidos. A mulher, que seria a mentora dos delitos, e os comparsas foram ontem presentes ao juiz de instrução.
Público, 2011.09.16

Homem perdoa brasileira que lhe ficou com 300 mil euros


Homem perdoa brasileira que lhe ficou com 300 mil euros"Por favor, não façam mal à Janete. Ela é minha amiga e eu só lhe dei dinheiro porque quis. Perdi tudo o que tinha, mas a culpa não é da Janete." O apelo e justificações, repetidos vezes sem conta, surgem pela voz de Virgílio Gouveia, um homem de 53 anos que, em meio ano, perdeu 300 mil euros herdados dos pais. Alegadamente o dinheiro foi-lhe extorquido por uma rede organizada que, na quarta-feira, começou a ser desmantelada pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, numa operação desencadeada entre o Fundão e a Covilhã, área na qual os elementos do grupo actuariam.
Leia mais no e-paper do DN.

Indignação retira polícias das ruas


A indignação nas forças de segurança atingiu de novo o limite. Se o Governo não ceder nos próximos dias às reivindicações, os sindicatos e as associações da PSP, GNR, ASAE, Polícia Marítima e Guardas Prisionais estão preparados para uma semana de protestos. Prevê-se sete dias – de 21 a 28 – com menos polícias a patrulhar, menos acções de fiscalização e menos multas.

Na GNR e PSP, o clima de insatisfação já era grande com o anúncio de cortes na área da segurança interna, e atingiu o auge com os desequilíbrios provocados pela não aplicação da nova tabela salarial a todos os operacionais. "Só estamos a lutar para que seja cumprida a lei", afirma Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP).
Segundo o responsável, o Governo precisava apenas de "mais 150 mil euros por mês" para regularizar a situação das remunerações na PSP, de acordo com o novo Estatuto. E de 4,7 milhões de euros para liquidar os retroactivos.
Mas Miguel Macedo, ministro da Administração Interna, fala num aumento de custos de 68,7 milhões de euros para assegurar a transição da GNR e PSP para a nova tabela salarial. E avisa que tem pouca margem de manobra para suportar este acréscimo. Os profissionais não se comovem. "Temos sido constantemente prejudicados, e a desmotivação é grande", lamenta César Nogueira, responsável da Associação Profissional da Guarda.
Os guardas prisionais e os inspectores da ASAE podem fazer greve e os restantes elementos das forças de segurança serão convidados a recorrer a "todos os mecanismos legais para não irem trabalhar" durante uma semana, a "exagerarem na prevenção" e a evitarem a repressão.
"A FRENTE NOS PROTESTOS"
O protesto previsto para a próxima semana, com a possibilidade de greves e manifestações de rua, é a primeira grande acção de contestação que este Governo vai enfrentar. "Numa altura em que a polícia é cada vez mais importante e solicitada, não deixa de ser um contra-senso que sejam as forças de segurança a estar na linha da frente dos protestos", afirma Paulo Rodrigues, da ASPP/PSP.
E quando a palavra de ordem é poupar, os cofres do Estado podem vir a sofrer um novo rombo, caso exista greve às multas, como aconteceu em 2009, com os patrulheiros da extinta Brigada de Trânsito da GNR. Só num ano, perdeu-se 14 milhões de euros.

Idosos vítimas de rede de PSP


Homens idosos, frágeis, solitários e ricos eram as vítimas da rede de extorsão e incentivo à prostituição desmantelada pelo SEF e que integrava o chefe da PSP da Covilhã, Francisco Casteleiro, de 54 anos. Janete Pires, brasileira, a residir na Covilhã, liderava o grupo e o polícia era o seu braço-direito. Foram ainda detidos Ricardo Madaleno, de 30 anos, funcionário da Câmara, Mário Serrano, 34, e Maria Alcina, 50.
"Num dos métodos de extorsão, Janete aliciava homens com sexo e levava-os para casa. Depois entraria um homem [Ricardo Madaleno], que se afirmava seu companheiro, ameaçava fisicamente o alvo e contava à sua família caso não recebesse uma soma avultada", contou ao CM uma fonte ligada ao processo. Um homem de Unhais da Serra ficou sem 300 mil euros. Cristina Gatões, do SEF-Centro, disse que cada membro tinha papéis bem definidos e analisavam ao pormenor a vida, a família, as vulnerabilidades e a capacidade económica das várias vítimas.
O chefe da PSP, agora suspenso de funções, tem processos e uma punição disciplinar por irregularidades administrativas. Os arguidos foram ontem presentes a tribunal e as medidas de coacção serão conhecidas hoje.

15/09/2011

Polícia detido já foi punido em processos disciplinares

Chefe da PSP já tinha sido castigado por «irregularidades administrativas» 

Vídeo


O chefe de polícia da esquadra da Covilhã, que foi detido na quarta-feira pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), já tinha sido punido anteriormente em processos disciplinares, avançou a Direcção Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP), noticia a Lusa.

Agora suspenso de funções, o agente foi detido juntamente com outras quatro pessoas, suspeitas de associação criminosa para auxílio à imigração ilegal, falsificação de documentos e extorsão.

O chefe da polícia «exercia funções de atendimento ao público» na recepção da esquadra da cidade e por ele passava muita informação relativa a telefonemas e contactos, indicou fonte ligada ao processo.

No passado, o mesmo agente «já foi sujeito a processos disciplinares na PSP e foi punido por irregularidades administrativas», acrescentou.

A afirmação foi confirmada pelo porta-voz da Direcção Nacional da PSP, Paulo Flor, que indicou ainda que agora o polícia será sujeito a novo processo que poderá ou não aguardar pelo desenrolar do processo criminal.

Muitas vezes, «o processo disciplinar espera pelo processo criminal, mas não seria inédito que não esperasse», frisou.

Segundo Paulo Flor, a PSP «estará sempre do lado das soluções quando passam por levar à Justiça situações desviantes e excepcionais dentro da Polícia».

Operação «Estrela»

A operação, que levou à detenção de cinco indivíduos, decorreu «na Covilhã, Fundão e Tortosendo» e «ainda não foi dada por concluída», explicou o SEF em comunicado.

Houve buscas em cinco casas, num outro local não especificado no comunicado e em várias viaturas, para «produção de prova para o inquérito em curso no Ministério Público da Covilhã». Nas buscas foram apreendidos vários documentos e duas viaturas.

Os detidos são suspeitos pela prática de crimes de auxílio à imigração ilegal a troco de dinheiro. Os crimes eram liderados e conduzidos por uma mulher, também detida na operação, com o auxílio do chefe da polícia.

Segundo fonte policial, a mulher e o polícia montaram um esquema de extorsão e que alegadamente exigiam dinheiro a homens que ela seduzia e com os quais se envolvia sexualmente, ameaçando-os contar tudo às famílias a não ser que lhe desse determinadas quantias.

Aqueles que se recusavam a pagar e a serem chantageados chegaram a ser pressionados pelos outros detidos, cúmplices do crime.

Na operação «Estrela» estiveram envolvidos cerca de 50 operacionais do SEF e uma equipa do Corpo de Intervenção da GNR.

Os detidos serão ouvidos em primeiro interrogatório judicial no Tribunal da Covilhã e têm entrado, esta manhã, pela porta das traseiras «por questões de segurança», contou uma fonte da PSP no local.

Dezenas de curiosos juntam-se à porta do tribunal para assistir à chegada dos detidos, que vão ser ouvidos a partir das 14:00. Não se sabe, no entanto, se as medidas de coacção vão ser aplicadas ainda hoje.

14/09/2011

Subchefe da PSP em rede de alterne


Um agente da PSP da Covilhã e um funcionário da Câmara Municipal foram ontem detidos, pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, por suspeitas de auxílio à imigração ilegal para o alterne. Francisco Casteleiro, subchefe da PSP, 54 anos, e Ricardo Madaleno, de 30, pintor no departamento de obras da autarquia, são suspeitos de pertencerem a uma rede mais vasta, que ajudava mulheres brasileiras a entrar em território nacional para trabalhar em casas de alterne, e que operava em toda a região Centro.

Sobre os dois detidos recaem ainda suspeitas de "lenocínio, extorsão, falsificação ou contrafacção de documentos, abuso de poder e corrupção passiva para acto ilícito, branqueamento de capitais e associação criminosa", adianta o SEF em comunicado.
Para além do agente da PSP, casado e com um filho, e do funcionário camarário, também casado, foram ainda detidas duas mulheres – uma portuguesa e outra brasileira – e um terceiro homem. Da operação, que decorreu na Covilhã, no Fundão e em Tortosendo, resultaram ainda a apreensão de duas viaturas e de documentação, que o SEF considera relevante para a investigação, encontrada nas buscas feitas em casa dos detidos.
A ‘Operação Estrela’, que foi desencadeada na madrugada de ontem pelo SEF, ainda não está concluída e poderá resultar em mais detenções e apreensões nos próximos dias, apurou o CM. Os detidos pelo SEF vão ser presentes a Tribunal da Covilhã pelas 09h00 de hoje.
Por:Alexandre Salgueiro

Sindicato pede menos multas e ausências ao trabalho como protesto

Os polícias vão ser desafiados pelo maior sindicato da PSP a passar menos multas e a faltar ao trabalho de forma legal de 21 a 28 de Setembro, como forma de protesto.

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1995944
A chamada "semana da indignação" foi convocada pela comissão permanente dos sindicatos e associações das forças de segurança.
A Associação Sócio-Profissional da Polícia (ASPP) esteve reunida esta quarta-feira à tarde para debater a actual situação da PSP e preparar a jornada da luta que se avizinha.
Além do apelo para que os polícias fiquem em casa, foi também pedido que façam pedagogia junto da população para explicar os motivos do protesto.
«Há muita disponibilidade para este protesto. Aquilo que de alguma forma lhes vamos dar como orientação é um exagero da pedagogia que vão fazer junto do cidadão, porque é importante mostrarmos a nossa indignação de forma positiva em relação ao cidadão», disse o presidente da ASPP.
«Salvo casos excepcionais que estejam envolvidos no interesse público ou outra razão mais complexa, vamos pedir para utilizarem também os mecanismos legais necessários que têm ao seu dispor para nessa semana não irem trabalhar», acrescentou Paulo Rodrigues.
Em causa neste protesto está o sistema remuneratório e também as condições de funcionamento da PSP.


PSP: Sindicato pede menos multas e ausências possíveisDiário Digital
Sindicato da PSP pede menos multas e as ausências possíveis ao ...LUSA

Miguel Macedo denuncia "gritante irresponsabilidade" do Governo Sócrates

Ministro da Administração Interna assume que ainda não sabe como resolverá o imbróglio das promoções na PSP e GNR, decididas pelo anterior Executivo.


O ministro da Administração Interna (MAI), Miguel Macedo , apresentou esta manhã no Parlamento o historial dos factos relacionados com as promoções na PSP e GNR , que o Governo suspendeu (concretizando o que está no Orçamento do Estado deste ano), acusando o Executivo de José Sócrates de "gritante irresponsabilidade", "eleitoralismo" e "leviandade total e completa".
Após uma longa exposição de factos que remontam ao verão de 2009, quando o anterior Governo avançou com os novos estatutos da PSP e da GNR e o novo regime remuneratório da Guarda, Macedo chegou à conclusão de que os anteriores governantes sabiam que os encargos financeiros dessas alterações (mais de 60 milhões de euros) não estavam acautelados, que não podiam ser cumpridos, e que apenas serviram intuitos eleitoralistas, tendo em vista as legislativas de outubro desse ano. Macedo lembrou, aliás, que foi o ministro Teixeira dos Santos quem ordenou que não fossem cumpridas as promoções previstas na nova legislação.

"Tripla irresponsabilidade"


Um problema que agora o Governo tem de resolver, mas ainda não sabe como. Não há verba para isso e ainda só passou para o novo quadro remuneratório uma pequena parte dos efetivos da PSP e da GNR que são afetados pelo novo quadro legal - no caso da GNR, há 21 mil efetivos à espera (apenas 1871 já passaram para o novo quadro remuneratório); na PSP foram promovidos 1146 elementos, mas 1858 estão à espera.
Tratou-se, segundo denunciou o ministro, de uma "tripla irresponsabilidade". "Primeiro, a irresponsabilidade de fazer aprovar em 2009 um quadro legal para a PSP e a GNR que se traduzia num brutal acréscimo de despesa para o Estado. Tudo em ano de crise económica e de descontrolo sério das finanças públicas. Tudo, apenas e só, porque estávamos em, vésperas de eleições."
Em segundo lugar, Macedo considerou que houve a "irresponsabilidade de fazer um simulacro de promessa de neutralidade orçamental para esta decisão", quando a medida, não só não era neutra como implicava um grande acréscimo de custos.
Por fim, a "irresponsabilidade de criar expectativas infundadas para a GNR e a PSP", uma vez que "passado o período eleitoral de 2009, já nada contava, já nada era importante". Macedo frisou que "foi a própria lei do Orçamento do Estado para 2011 que proibiu expressamente a aplicação das valorizações remuneratórias anteriormente aprovadas pelo Governo". Uma atitude que o ministro da Administração Interna considerou "chocante, imoral e inaceitável".
O PS reagiu invocando a degradação das condições económicas e financeiras, mas todos os outros partidos censuraram o anterior governo. Mesmo o PCP e o BE reconheceram a dificuldade de resolver o imbróglio. Mas, como dizia o comunista António Filipe, "o senhor ministro pode queixar-se de uma pesada herança, mas é o senhor o herdeiro"

Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/miguel-macedo-denuncia-gritante-irresponsabilidade-do-governo-socrates=f673871#ixzz1XxwWmGMg
Governo diz ter margem de manobra reduzida no caso das ...Público.pt
Governo PS cometeu "tripla irresponsabilidade" com o sistema ...LUSA
Antigo Governo foi «leviano» e «imoral»Diário IOL
Económico - RTP

SEF detém um polícia e mais quatro pessoas em operação sobre imigração ilegal

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) anunciou, esta quarta-feira, em comunicado, a detenção de cinco pessoas, entre as quais um polícia, no âmbito da operação Estrela, que tem em curso, incidente sobre a imigração ilegal.
A operação decorreu «na Covilhã, Fundão e Tortosendo» e «ainda não foi dada por concluída», destaca o comunicado.
Para além das cinco detenções, houve buscas em cinco casas, num outro local não especificado e em várias viaturas, para «produção de prova para o inquérito em curso no Ministério Público da Covilhã». Foram apreendidos vários documentos e duas viaturas, acrescenta o SEF.
A operação Estrela foi desencadeada no âmbito de um inquérito onde estão a ser investigados indícios da prática de crimes de auxílio à imigração ilegal em que, a troco de dinheiro, eram fornecidos documentos falsos a cidadãos estrangeiros.
O esquema de falsificações era alegadamente conduzido pela mulher detida com o auxílio do chefe de polícia também detido esta quarta-feira, acrescentou uma fonte judicial citada pela Lusa.
A mulher tem «vários processos pendentes na justiça», sublinhou.
Segundo a mesma fonte, ambos teriam também montado um esquema de extorsão, em que alegadamente exigiam dinheiro a homens que a mulher seduzia e com os quais se envolvia sexualmente, ameaçando depois contar tudo às famílias a não ser que recebesse determinadas quantias.
Os outros detidos seriam cúmplices, nomeadamente pressionando as vítimas que se recusavam a ser chantageadas.
De acordo com o comunicado do SEF, estão em causa crimes de auxílio à imigração ilegal com intenção lucrativa, lenocínio, extorsão, falsificação de documentos, abuso de poder e corrupção passiva para acto ilícito, branqueamento de capitais e associação criminosa.
Na operação Estrela estiveram envolvidos esta quarta-feira cerca de 50 operacionais do SEF e uma equipa do Corpo de Intervenção da GNR.
Os detidos vão ser ouvidos no Tribunal da Covilhã, quinta-feira, a partir das 09:00 hora.

13/09/2011

Meio milhão em dívidas à PSP e GNR


Vários agentes da PSP e militares da GNR estão à espera que lhes seja pago o trabalho prestado nos jogos das camadas jovens e amadoras. Ao todo, a dívida ascende a meio milhão de euros, uma vez que se arrasta desde o início do ano, e a nível nacional, segundo as associações sindicais das duas forças de segurança. A entidade credora é o Ministério da Administração Interna, que se recusou ontem a confirmar os valores.

"Trata-se de uma situação simplesmente inaceitável, que priva centenas de polícias do dinheiro que lhes é devido por um trabalho que são obrigados a prestar. Os remunerados desportivos são obrigatórios e até são pagos a um valor inferior ao dos pagos pelas entidades privadas", disse ao CM António Ramos, presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP).

Recorde-se que esta situação é semelhante à que se passou em anos anteriores. No ano passado, os gratificados foram pagos apenas em Outubro.


05/09/2011

Sindicato da Polícia avisa que “indignação” na PSP pode afetar segurança


“Não quero criar alarmismos, mas setembro e outubro podem ser meses muito complicados. Está instalado um sentimento que prejudica o desempenho. A conflitualidade que se vive pode tornar-se incontrolável”, refere Carlos Ferreira.

É um braço de ferro que desgasta a polícia e põe em causa a segurança dos cidadãos, com efeitos imediatos e que podem prolongar-se pelo menos até outubro, segundo o comissário.

Apesar de “não querer provocar alarmismo ou dramatizar o problema”, Carlos Ferreira aponta “setembro e outubro” como meses eventualmente problemáticos, sobretudo porque a PSP está em luta, com protestos em agenda.

Além da ASSP, outros sindicatos projetam ações de contestação, em virtude do que consideram ser um atropelo à lei por parte do Governo, na questão dos estatutos remuneratórios, que ainda não entraram em vigor.

Por outro lado, esta divergência afeta outras forças policiais, como a GNR, e, por inerência, mais sindicatos. Daí que o responsável máximo pelo Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia preveja uma intensificação de ações de protesto.

Já entre os dias 21 e 28 de setembro, decorre a ‘Semana da Indignação dos Polícias’, levada a cabo pela Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança. A paralisação é a medida extrema que esta comissão coordenadora pode decidir.

A confirmar-se uma ação desta grandeza, abrangeria quase todos os sindicatos de polícias, passando pelos guardas prisionais, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e até os investigadores da ASAE.
Mal pagos e instáveis

Os agentes em início de carreira recebem de remuneração cerca de 800 euros. Por outro lado, muitas vezes trabalham longe do seu domicílio. Estes factos podem gerar problemas pessoais, capazes de criar “dificuldades no efetivo policial em agir sem excessos” em momentos mais complicados.

“Também os polícias podem padecer de instabilidade emocional, que afeta o seu desempenho. E isto é um risco para o cidadão”, sustenta Carlos Ferreira.