06/07/2016

Comandantes alertam para desmotivação na PSP

Polícias dizem que existe uma situação de rutura iminente.
Subcomissários da PSP alertaram o diretor nacional daquela polícia para "a desmotivação, descontentamento, incerteza" que existe naquela força de segurança, em que os polícias se sentem "profundamente maltratados", e exigem uma "mudança urgente". "A desmotivação, o descontentamento, a incerteza e diríamos até mais, a desconfiança, reina no seio da PSP", referem os subcomissários, que na maioria desempenham funções de comandantes de esquadras, num manifesto enviado ao diretor nacional da PSP, superintendente-chefe Luís Farinha, por ocasião do aniversário da Polícia de Segurança Pública. Na carta, os subcomissários oriundos do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna chamam a atenção para "a degradação das condições de trabalho e aumento considerável da desmotivação, conduzindo a PSP para uma realidade profissional que se tornou insustentável". Os profissionais dizem sentir-se "profundamente maltratados pela direção nacional" e recusam-se a "aceitar a situação decadente para a qual somos arrastados", dando conta do "absoluto desprezo e falta de reconhecimento" do trabalho que desenvolvem. Os subcomissários falam de situações de polícias que "não sabem o que lhes vai acontecer", nomeadamente quando podem ir para a aposentação ou pré-reforma. Estagnação das carreiras, concursos de promoção, compensação de trabalho extra horário, remuneração inferior às funções exercidas são algumas das questões que urge resolver, além da regulamentação de várias matérias prevista no estatuto profissional da PSP. No manifesto, os subcomissários destacam o trabalho desenvolvido pelos agentes e chefes, que vão além das suas obrigações: "Estes profissionais, há muito descrentes, desmotivados e alguns até revoltados, têm dado cumprimento à sua função, pelo profissionalismo que lhes é inerente, mas muito pelo esforço e dedicação dos subcomissários que, na atual conjuntura, são os únicos que os conseguem aglutinar na prossecução do objetivo traçado". Os comandantes de esquadras relembram uma carta enviada à tutela, em 2012, pelos superintendentes (cargo mais elevado na PSP), na qual alertavam para o "descontentamento em todas as categorias hierárquicas", que poderá potenciar "a motivação, coesão e disciplina". Para os subcomissários, esta motivação, coesão e disciplina "está em rutura iminente, assim como a quebra da cadeia de comando, que devia assentar essencialmente na confiança". Os subcomissários pedem ainda "um processo de mudança" na PSP e manifestam "total disponibilidade" para ajudar a encontrar soluções que ajudem a ultrapassar a atual conjuntura

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GOVERNO ESTÁ A PROGRAMAR A MELHORIA DAS CONDIÇÕES NA PSP

A Ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, afirmou que o Governo está «a programar a melhoria das infraestruturas e equipamentos da Polícia de Segurança Pública (PSP), através de um planeamento mais realista de investimento, com especial cuidado para as necessidades mais urgentes».
PSP, 5 julho 2016Estas declarações foram feitas na comemoração dos 149 anos da PSP, em Lisboa, numa cerimónia presidida pelo Primeiro-Ministro, António Costa.
Reforço da dimensão operacional
«Este não é um objetivo de concretização rápida ou fácil», ressalvou a Ministra, referindo-se à melhoria das condições na PSP. Isto devido, «sobretudo, aos constrangimentos administrativos, orçamentais e legais que existem», acrescentou.
«É também intenção do Governo reforçar a dimensão operacional da PSP, através de ações de redução do seu empenho em tarefas de apoio e de âmbito administrativo», disse Constança Urbano de Sousa.
Estatuto profissional
Referindo-se ao estatuto da PSP, recentemente aprovado, a Ministra afirmou que o documento «está em processo de regulamentação, com a preparação de diplomas que visam criar condições das normas ali instituídas».
A produzir efeitos desde dezembro, o estatuto profissional da PSP tem sido contestado pelos sindicatos da PSP, quer devido à falta de regulamentação das principais matérias, quer devido aos cortes nas pensões dos polícias.
Constança Urbano de Sousa concluiu: «A aposentação está a ser objeto de um trabalho interministerial, para se definir um regime mais justo, mais igualitário e mais claro».

PSP vai perder cerca de 25% dos trabalhadores nos próximos cinco anos

Economico
O director nacional da PSP, superintendente-chefe Luís Farinha, alerta para a urgência de um rejuvenescimento do efectivo.PSP vai perder cerca de 25% dos trabalhadores nos próximos cinco anos 
“A elevada média etária dos recursos humanos policiais, com valores muito próximos dos 50 anos em diversas unidades territoriais, são realidades que carecem de reversão urgente pelo rejuvenescimento do efectivo, do qual cerca de 25 por cento deixará o serviço activo nos próximos cinco anos por força das previsões estatutárias”, disse o director nacional da PSP, na cerimónia que assinalou os 149 anos daquela força de segurança.
No discurso, o superintendente-chefe Luís Farinha adiantou que as projecções efectuadas apontam para que “as saídas de efectivos do activo, nos próximos cinco anos, sejam superiores às eventuais novas admissões”....

É PREOCUPANTE!


02/07/2016

Ministra desilude polícias e tréguas com o governo chegam ao fim

A ministra da Administração Interna já esgotou a paciência dos sindicatos da PSP e da GNR. Ameaçam voltar à rua.
(...)o Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP) concluiu que a avaliação "é negativa e claramente lesiva dos interesses de todos os polícias", pelos mesmos motivos da ASPP. O presidente do SPP, Mário Andrade, disse à agência Lusa que os polícias podem vir a realizar ações de protesto caso o estatuto profissional não seja totalmente cumprido nas próximas semanas. "Seis meses é tempo mais do que suficiente para estudos e análises e exige-se que o governo e a direção nacional da PSP adotem medidas tendentes a que o estatuto da PSP seja cumprido e devidamente regulamentado", considerou o SPP.(...)
DN