02/03/2013

SPP-PSP Repudia Declarações Do Presidente Da Liga Portuguesa De Futebol Profissional


O SPP quer desde já deixar claro que as forças de segurança são as únicas que têm formação adequada para garantir a segurança pública. As empresas de segurança contratas pelos clubes são, de acordo com a Lei, um complemento das autoridades e não os seus substitutos. Quanto ao rácio de polícias para cada jogo de futebol, o presidente da Liga está claramente fora da realidade: um jogo entre o Braga e o Guimarães, infelizmente, é sempre considerado de alto risco por razões históricas de rivalidade. Mesmo com apenas mil adeptos presentes, 30 polícias serviriam para quê? Vigiar as portas de entrada, auxiliar nas revistas, zelar pela segurança da equipa de arbitragem, dos jogadores, dos dirigentes e dos adeptos visitados e visitantes, faz-se com esses elementos? Pura demagogia de quem, certamente, não sabe do que fala.
A legislação sobre segurança no futebol profissional apenas passou a tratar os clubes como qualquer cidadão ou empresa que solicite os serviços remunerados – feitas fora das horas normais de trabalho – da PSP ou GNR. Acresce, ainda assim, que estamos a falar de um policiamento pago "ao preço da chuva". Os polícias requisitados para fazer a segurança aos eventos desportivos são aqueles que menos ganham entre todos os intervenientes no espectáculo: dirigentes, equipas técnicas, árbitros e futebolistas. Enquanto um polícia ganha 38 euros por quatro horas de serviço, os restantes intervenientes (árbitros, técnicos e os desportistas) ganham centenas, para não dizermos milhares de euros, em apenas 90 minutos. Este tipo de afirmações são dispensáveis e em nada contribuem para a segurança dos espectadores dos espetáculos desportivos, muito pelo contrário. E pensar que se vai desviar meios da via pública para policiar de graça eventos de carácter particular que geram chorudos lucros é querer prejudicar todos os restantes cidadãos.

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