22/10/2011

Polícias admitem novas acções de protesto


No final de uma reunião entre todos os sindicatos da PSP e o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, o presidente da ASPP disse aos jornalistas que "neste momento não há garantias" que todos os polícias sejam colocados nas novas tabelas remuneratórias, que entraram em vigor em Janeiro de 2010.
Durante o próximo ano 2.395 polícias vão ser integrados nas novas tabelas remuneratórias. No entanto, o presidente do maior sindicato da PSP defendeu a colocação destes profissionais de "imediato" com a aprovação do orçamento rectificativo, o pagamento de retroactivos em Janeiro de 2012 e a integração dos restantes (cerca de 80% do efectivo) durante o próximo ano.
"Esta questão tem trazido muita confusão e começa a ser muito difícil de gerir ao nível da PSP, porque estamos a falar de um estatuto que entrou em vigor a 1 de Jane
iro de 2010. Aquilo que seria justo do ponto de vista profissional é colocar toda a gente na nova tabela. A não resolução integral desta questão só vai trazer mais confusão", sustentou Paulo Rodrigues.
Nesse sentido, a ASPP vai reunir os órgãos sociais na próxima semana para analisar toda esta questão e "poder eventualmente tomar decisões ao nível das acções de protesto", adiantou.
Já o presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Polícia (FENPOL), Pedro Magrinho, disse aos jornalistas que a reunião com o ministro "foi positivo", mas "não vai resolver grande parte dos problemas da PSP".
De acordo com Pedro Magrinho, vão ser colocados 11 por cento dos polícias nas novas tabelas em 2012, ficando a aguardar-se que o problema seja resolvido para os restantes.
Os polícias têm desenvolvido acções de luta pela aplicação das novas tabelas remuneratórias, que entraram em vigor no ano passado e "apenas uma minoria" dos profissionais já foi colocada nos novos índice, uma questão que o actual Governo herdou do anterior executivo socialista.
Segundo Paulo Rodrigues, os sindicatos da PSP questionaram Miguel Macedo sobre o relatório da Inspecção-Geral das Finanças que concluiu que altos responsáveis da PSP aumentaram os seus próprios vencimentos, colocando-se no novo regime remuneratório, deixando para trás a esmagadora maioria do efectivo que não transitou para esta tabela", mas o ministro não quis pronunciarem-se.

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