30/12/2011

GNR e PSP transitam de ano "praticamente sem dívidas"


Diário de Notícias - Lisboa
O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, garantiu hoje, em Braga, que a GNR e a PSP vão transitar para 2012 "praticamente sem dívidas", uma situação que acontece "pela primeira vez em muitos anos".

"Conscientes das dificuldades que as forças de segurança tiveram ao longo deste ano, fizemos todos em conjunto, Ministério da Administração Interna, GNR e PSP, um esforço imenso para transitar para 2012 praticamente sem dívidas. É isso que vai acontecer pela primeira vez em muitos anos na GNR e na PSP", disse Miguel Macedo.
O ministro referiu que a GNR vai transitar com uma dívida de oito mil euros, num orçamento de 800 milhões de euros. Miguel Macedo escusou-se a comentar diretamente o caso das 200 viaturas da PSP do Porto que estão paradas por avaria, garantindo apenas que "neste momento, nem a PSP nem a GNR têm falta de condições financeiras para acorrer a essas situações".
Adiantou que assinou há dias um despacho disponibilizando àquelas duas forças de segurança um total de sete milhões de euros para aquisição de material, designadamente carros. "Num ano muito difícil do ponto de vista orçamental", enfatizou. O ministro falava em Braga, onde participou numa ação de prevenção rodoviária expressamente vocacionada para sensibilizar os mais jovens para não beberem se forem conduzir.
Na campanha, denominada "100 por cento cool", os condutores até aos 30 anos de idade que "acusarem" 0,0 gramas no teste do álcool recebem um prémio. "Trata-se de premiar a segurança na estrada", disse Miguel Macedo, sublinhando os efeitos positivos desta campanha, que já tem nove anos, na redução da sinistralidade rodoviária. Segundo disse, um dos grandes benefícios foi ter introduzido "na rotina de muitos milhares de jovens em Portugal que num grupo há sempre um que não bebe, um 100 por cento cool, e que é esse que deve conduzir".
Apesar dos progressos registados nos últimos anos, o ministro reconheceu que Portugal está "ainda longe" da meta prevista para 2014 em termos de sinistralidade rodoviária, e admitiu que é preciso "intensificar esforços" para reduzir o número de mortos e feridos na estrada. "Temos de ser mais intensos nas campanhas de prevenção, mostrando verdadeiramente o que se passa de terrível na vida das pessoas, quer dos que sofrem os acidentes mortais e muito graves, quer a dor imensa dos amigos e familiares", disse.

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