18/09/2010

Sete sindicatos aderiram ao protesto de dia 23 em frente ao Ministério da Administração Interna

Sete sindicatos da PSP decidiram hoje aderir a um protesto marcado para dia 23 em frente ao Ministério da Administração Interna e pedir uma reunião com o ministro das Finanças para exigir o desbloqueamento das verbas necessárias à Polícia
Os sindicatos reunidos hoje nas instalações do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL), em Lisboa, decidiram que «não aceitam que dirigentes sindicais em legal exercício das suas funções» sejam alvo de processos disciplinares como é o caso de Armando Ferreira, dirigente do SINAPOL.
Os polícias querem que o ministro das Finanças desbloqueie as «verbas necessárias» para a PSP «cumprir com a plenitude de missões» que lhe estão conferidas e para desbloquear a progressão nas carreiras.
António Augusto, do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP), disse aos jornalistas que as reivindicações dos polícias têm a ver com as carreiras, com promoções e com o facto de a PSP ser «vilipendiada naquilo de que necessita».
«Temos instalações a cair, não há materiais para apetrechar a PSP e vamos ao ministro das Finanças expor a situação e exigir-lhe que arranje as verbas necessárias», disse.
Em declarações aos jornalistas, Armando Ferreira garantiu que hoje «não se falou da greve» convocada pelo seu sindicato para a altura da cimeira da NATO em Lisboa, que afirmou continuar em cima da mesa, uma vez que as razões que levaram o SINAPOL a convocar o protesto não estão todas cobertas pela concentração de dia 23.
Desconvocar a greve caberá apenas «à assembleia-geral» do Sinapol, explicou, afirmando que o sindicato mantém como reivindicações a suspensão dos horários e das avaliações de serviço.
A propósito do processo disciplinar movido a Armando Ferreira, António Augusto afirmou que os sindicatos hoje reunidos «não vão permitir que se responsabilize um dirigente sindical da PSP no exercício legal das suas actividades».
«Isto não se passa em mais lado nenhum», salientou.
Quanto ao protesto de dia 23, António Augusto afirmou que vai decorrer «24 horas por dia até serem resolvidas» as principais reivindicações dos sindicatos.
Os sindicatos hoje reunidos na sede do SINAPOL decidiram também pedir «de imediato» reuniões com os grupos parlamentares pela «necessidade urgente» de legislar sobre o estatuto da PSP e sobre o regulamento disciplinar, entre outras matérias.
A reunião de hoje de sindicatos da PSP aconteceu uma semana depois de o SINAPOL ter divulgado um pré-aviso de greve para os dias 19, 20 e 21 de Novembro, durante a realização da cimeira da NATO em Lisboa.
Na origem da greve está o aumento das horas de serviço, regimes de avaliação e progressão na carreira, além da não regulamentação do estatuto profissional da PSP «quase um ano após a sua entrada em vigor», segundo o SINAPOL.
Após o pré-aviso de greve e declarações prestadas pelo presidente do SINAPOL aos órgãos de comunicação social, a Direcção Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) anunciou a instauração de um processo disciplinar e «a suspensão preventiva» da PSP de Armando Ferreira.
Lusa/SOL 

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