29/09/2012

A manifestação acompanhada ao minuto

<p>Tal como em protestos anteriores (foto), manifestantes contestam políticas de austeridade</p>O líder da CGTP anunciou esta tarde a realização de uma "grande greve geral" contra as políticas de austeridade do Governo. O tema será discutido num conselho nacional extraordinário dia 3 de Outubro. Milhares de pessoas encheram o Terreiro do Paço e ruas adjacentes, em Lisboa, num protesto convocado pela central sindical. Acompanhe a manifestação ao minuto.

17h22: Acabou a manifestação propriamente dita depois do final do concerto do Janita Salomé. João Dias

17h21: "É preciso dizer não", disse aos jornalistas o ex-líder da CGTP Carvalho da Silva, mostrando-se "muito contente" com a acção da CGTP e apelando a "toda a convergência". "A força dos trabalhadores é muito grande quando se unem." 

17h17: A “linha azul” do Metro de Lisboa já foi restabelecida, depois de ter estado interrompida desde as 16h10. Utentes foram informados de que se tratava de falta de energia. Na manifestação, foi anunciado que muitas pessoas não conseguiam chegar ao Terreiro do Paço "por causa do metro".

17h10: Manifestantes começam a sair do Terreiro do Paço, mas ainda há muitas pessoas, agora que começa o concerto de Janita Salomé. João Dias

17h07: Daniel Horta Nova, jornalista desempregado, ex-director de um revista no Porto, a viver na rua há um mês. "Eu quero voltar a trabalhar, quero voltar a ter a minha empresa, mas está muito difícil. Estou literalmente a viver na rua, a céu aberto. Felizmente há muito trabalho para mim, o que não há é condições". João Dias

17h01: Arménio Carlos diz aos jornalistas que a data da greve será anunciada depois da reunião de dia 3, apelando à unidade de todas as organizações sindicais. "Queremos uma acção amplamente unificadora."

16h57: Milhares de pessoas cantaram o hino da CGTP. Cantam agora o hino nacional. Arménio Carlos ainda está em palco. Cláudia Carvalho

16h45: Arménio Carlos disse que é preciso centrar a atenção "naquilo que é essencial, para mudarmos o estado das coisas". "Este povo que enche o Terreiro do Paço está ou não de acordo com a decisão de uma greve geral?", perguntou e foi ovacionado. "A vossa resposta foi clara, decisiva e determinante. Nós somos a maioria e a maioria vai-se unir".

16h43: CGTP convocou para dia 3 de Outubro um Conselho Nacional Extraordinário para discutir a realização de uma "grande greve geral", diz Arménio Carlos.

16h40: Continuam a chegar pessoas da Rua do Ouro, Prata e Augusta. João Dias

16h37: "A luta não vai parar e será cada vez mais intensa até alcançarmos os nossos objectivos", grita Arménio Carlos

16h35: Entra no Terreiro do Paço o grupo da comissão de trabalhadores da RTP. João Dias

16h32: "É tempo de ir às fortunas colossais dos que têm engordado à custa do povo e do país", diz Arménio Carlos. "Isto tem de ser mudado radicalmente e quanto mais depressa melhor."

16h26: Sebastião Sampaio de Mello, de 14 anos, faz parte de um grupo de 15 pessoas que se passeiam pelo Terreiro do Paço com bandeiras monárquicas. "Eu vim aqui dizer que a monarquia também está do lado da oposição do Governo, estamos todos com a oposição", diz o rapaz. João Dias

16h25: "Agora é altura de o capital pagar", diz Arménio Carlos. "É tempo de taxar o capital."

16h17: O Terreiro do Paço está cheio. Rita Brandão Guerra

16h14: "Eles dizem que têm ouvido o descontentamento, então hoje têm de ouvir e se não ouvirem a bem, ouvem a mal com a exigência da sua demissão e alteração de políticas", continua o líder da CGTP.

16h07: O Terreiro do Paço transformou-se no Terreiro do Povo para dizer basta, defende Arménio Carlos.

16h06: Longe do palco um manifestante chama à atenção. Vítor Guedes, motorista de Ílhavo, trouxe uma gaiola e colocou dois coelhos lá dentro. "Os coelhos são de um amgo meu e a gaiola é minha. Isto é a minha maneira de dizer que já chega de tanto poleiro e que o Passos Coelho devia ir para a gaiola e dar o lugar a outro". João Dias

16h05: "De que está à espera, senhor primeiro-ministro, para se ir embora?", pergunta Arménio Carlos, líder da CGTP. "Vá e leve esta política o mais depressa possível". 

16h04"Eles têm medo que o povo perca o medo e o povo está a demonstrar que está a perder o medo, que quer lutar pelo presente, salvaguardando gerações futuras", acrescenta o líder da CGTP.

15h51: A minutos do início do discurso de Arménio Carlos os manifestantes acercam-se à volta do palco. Chegam ainda mais manifestantes desde a Rua do Ouro e da Rua da Prata. O líder sindical pede agora uma "forte assobiadela às políticas do governo" e depois diz que há alternativas à austeridade, conforme apurou a cgtp. Grita-se: "Taxar o capital é urgência nacional" João Dias

15h48: Canta-se o hino de Portugal na praça do Comércio. Mas quase uma hora depois da hora marcada para o início da concentração, o Terreiro do Paço ainda está muito longe de estar totalmente ocupado por manifestantes. Rita Brandão Guerra

15h41: "Não acho que os políticos tenham de ir para a prisão mas para resolver isto é preciso saírem do governo urgentemente", diz Helena Oliveira, escrivante de Direito no tribunal de Ovar. "O povo não tem o habito de ler o Diário da República mas devia começar a fazê-lo para se aperceber das coisas que se fazem. Ainda ontem lemos em Diário da República que foi contratada uma adjunta para a ministra da Justiça que vai ganhar 65 mil euros anuais, fora ajudas de custo", continua enquanto segura uma bandeira do Sindicato de Profissionais de Justiça. João Dias

15h38: "Os portugueses estão aqui para dizer que não estão resignados e que é preciso uma mudança. Acreditamn que existe uma alternativa patriótica de esquerda", disse à SIC o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendendo que os portugueses "têm razão para estarem desconfiados". "Vão ser sempre os mesmos a pagar. Querem vender gato por lebre e os portugueses não vão admitir isso. Era preciso que ele [Passos Coelho] estivesse aqui para perceber que não pode contar com os portugueses no caminho para a desgraça." Cláudia Carvalho

15h37: "O custo de vida aumenta, o povo não aguenta", é um dos gritos de ordem da manifestação. Mas há também avisos ao primeiro-ministro: "Passos aprende, o povo não se rende. É preciso, é urgente correr com esta gente!" Rita Brandão Guerra

15h22: Nos Restauradores são visíveis, sobretudo, bandeiras dos sindicatos como o dos enfermeiros, dos professores da Grande Lisboa e da Comissão de Trabalhadores da RTP.Lusa

15h16: Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP na praça dos Restauradores: "Esta vai ser a maior manifestação dos últimos anos da CGTP. Uma manifestação de protesto mas também de esperança. A manifestação é de todos. É o futuro de Portugal que está em causa." Rita Brandão Guerra

15h15: O público ficou mais animado quando cantaram os Homens da Luta e lançaram gritos de "unidos somos fortes" e "é na rua que o povo avança, pá" do que quando subiram ao palco dois dirigentes sindicais. João Dias

15h12: Um grupo de jovens de Viseu com cartazes a dizer: "A geração rasca lixou a geração à rasca". Um deles diz: "No nosso autocarro havia mesmo muito poucos jovens, a maioria das pessoas tinha mais do que 40 anos". É a primeira manifestação da CGTP a que vêm. João Dias

15h00: A delegação da CGTP do distrito de Lisboa prepara-se para sair da praça dos Restauradores em desfile até ao Terreiro do Paço. Mas a praça dos Restauradores está longe de estar cheia. Rita Brandão Guerra

14h57: A poucos minutos da hora agendada para o início da manifestação, o Terreiro do Paço esta tudo menos cheio. Os grupos de manifestantes juntam-se conforme o distrito e a classe profissional. João Dias

14h51: Na Praça dos Restauradores estão vários carros de som da CGTP. Os manifestantes começam a descer para o Terreiro do Paço e ouvem-se as primeiras palavras de ordem: "FMI fora daqui!" Rita Brandão Guerra

14h47: Cerca de cinco mil pessoas no Terreiro do Paço. Ambiente calmo. À volta de uma câmera da RTP, uma pequena multidão juntou-se para gritar "gatunos". Cartazes:"Levanta-te povo, se depois perderes, o que é que vais fazer?", "Eu não sou anti-sistema, o sistema é que é anti-humano". João Dias

14h36: Há polícias a participarem na manifestação, da Associação Sindical de Polícias Profissionais. São da Figueira da Foz mas não querem se identificar. Um deles refere: "Como cidadão, acho que os portugueses são pouco activos, são muito pacíficos. Mas, depois, como polícia também tenho de fazer o meu papel se houver problemas na ordem pública". Estes polícias têm vindo às manifestações mais recentes. Trazem roupa a civil mas coletes da polícia por cima. João Dias

14h16: Tambem há autocarros estacionados no Campo das Cebolas, nas costas do Terreiro do Paço e ao longo da avenida Infante Dom Henrique. A fila, entre os que estão em movimento e estacionados, estende-se até Santa Apolonia. São dos distritos a norte de Lisboa, sobretudo Porto e Coimbra. João Dias

14h03: Mais carrinhas do Corpo de Intervenção da PSP em frente aos barcos do Terreiro do Paço. Homens da Luta cantam "eu vi este povo a lutar para a sua exploração acabar/sete dias de multidão que levavam a história na mão" João Dias

14h01: Os Homens da Luta já estão a tocar no palco para as quase 200 pessoas que já estão no Terreiro do Paço João Dias

14h00 Carrinhas do Corpo de Intervenção da PSP já estão a chegar ao Terreiro do Paço. Para lá, já se estão a deslocar também grupos de manifestantes que vieram de fora de Lisboa. Há cerca de 15 autocarros estacionados na Avenida 24 de Julho. Dez são de Beja, dois de Évora e três de Faro.

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