20/09/2011

Polícias exigem reposição da lei em semana de protesto

“Greve as multas” é uma das medidas de contestação previstas pelas associações profissionaisO Governo não cedeu e as forças de segurança avançam hoje com os protestos. PSP, GNR, Guarda Prisional, ASAE, Polícia Marítima e SEF saem à rua dia 28
Sem acordo, os polícias avançam mesmo com os protestos prometidos. A "Semana da Indignação" arranca hoje com milhares de profissionais das forças de segurança para exigir ao Governo que os coloque nas novas tabelas remuneratórias legalmente definidas em 2009. Uma semana de protesto convocada pela Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, que começa com um encontro nacional no Porto, em que será avaliada a situação. Os protestos agendados terminam dia 28, em Lisboa, com uma manifestação.
O secretário nacional da CCP, Paulo Rodrigues, insistiu até ontem - prazo limite para uma solução da parte do Governo - que as forças de segurança só desistem dos protesto se o Ministério da Administração Interna (MAI) garantisse a colocação de todos os agentes e oficiais na nova tabela remuneratória, em vigor desde Janeiro de 2010. "Há notícias de que o orçamento do MAI vai aumentar no próximo ano. É um sinal positivo, mas em nada garante que os problemas vão ser resolvidos", disse o também presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP).
O ministro da Administração Interna disse na semana passada no Parlamento que 1.871 polícias entraram no novo sistema remuneratório e 21.402 ficaram de fora. Macedo responsabilizou o Governo anterior pela situação e acrescentou que o novo estatuto salarial "implicou um brutal aumento de despesa". "O impacto orçamental daqueles três diplomas [GNR, Guarda e PSP] ascendia a 68,7 milhões de euros", disse Miguel Macedo aos deputados.

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