15/10/2012

OE 2013. Estruturas sindicais da PSP e GNR consideram graves as medidas previstas


PSPAs estruturais sindicais e socioprofissionais das forças de segurança consideraram hoje graves a suspensão das passagens à reserva e pré-reforma e as alterações nos sistemas de saúde, medidas previstas no Orçamento de Estado para 2013.
O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) disse à agência Lusa que a alteração do subsistema de saúde da PSP é “preocupante” e vai “prejudicar” os polícias, uma vez que vai tornar a saúde mais cara.
“A questão da saúde é grave e vai traduzir-se numa redução do orçamento de cada polícia”, afirmou, acrescentando que esta “não é a melhor altura para introduzir” alterações.
Segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2013, hoje entregue na Assembleia da República, o Ministério da Administração Interna (MAI) quer concretizar a reforma do sistema de saúde das forças de segurança, garantindo não só um apoio de qualidade aos seus utentes, mas também ganhos de eficiência pela redução de custos resultantes de convergência dos subsistemas de saúde das forças de segurança como o regime convencionado da ADSE [subsistema de saúde para os funcionários público]”.
O documento refere também que as passagens à reserva ou pré-aposentação nas forças de segurança vão ficar suspensas durante o próximo ano.
Paulo Rodrigues adiantou que esta medida vai “agravar o envelhecimento” do efetivo da PSP e as pessoas com mais de 55 anos vão passar a ser “contabilizadas como número, mas dificilmente são utilizadas para serviços operacionais”.
O presidente do maior sindicato da PSP espera que o orçamento do MAI para o próximo ano contemple verbas para colocar todos os polícias nas tabelas remuneratórias que entraram em vigor em 2010 e com o pagamento dos respetivos retroativos.
Também o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), César Nogueira, disse à Lusa que a suspensão da passagem à reserva e da alteração ao subsistema de saúde “são duas medidas muito graves”.
“São medidas que vão agravar ainda mais as condições dos militares da GNR”, afirmou, sublinhando que “vão afetar a saúde e o bem-estar físico e psicológico” destes profissionais no exercício da sua atividade.

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