28/02/2010

Missa recorda mortes em serviço de agentes da PSP

Trinta vítimas em 20 anos, mais de metade em lisboa 

Mais de metade das três dezenas de agentes da PSP que foram mortos em serviço nos últimos 20 anos prestavam serviço no Comando de Lisboa, foi revelado ontem, no âmbito do dia nacional de luto pelos polícias mortos em serviço, que incluiu uma missa em Fátima. 

Presidida pelo capelão da PSP, a missa contou com a participação de mais de 300 agentes e familiares. O ministro da Administração Interna fez-se representar por Luís Rebelo de Sousa, que prestou 'solidariedade' e 'reconhecimento' pelo trabalho dos agentes. O Presidente da República e o bispo das Forças Armadas e Segurança enviaram mensagens de solidariedade. O capelão da PSP salientou a missão dos agentes e os perigos a que se expõem para a cumprir.

DISCURSO DIRECTO
"LEMBRAR QUE A NOSSA MISSÃO NÃO É FÁCIL": António Ramos presidente Sindicato Profissionais Polícia sobre Dia Nacional Luto pelos Polícias Mortos em Serviço
– Qual o significado deste dia de luto, organizado pelo SPP?
António Ramos É o quarto ano em que organizamos uma missa, com o objectivo de recordar os colegas que partiram de forma trágica e para lembrar à sociedade que a nossa missão não é fácil.
– Como decorreu a missa?
Foi uma cerimónia muito emotiva, presidida pela primeira vez pelo capelão da PSP. Apesar do mau tempo, a Capelinha estava cheia, com mais de 300 agentes, alguns fardados, e familiares.
– Foi uma missa muito participada, com gente de todo o País?
Sim, havia gente de todo o País. Alguns, nomeadamente de Lisboa, Beira Baixa e Norte, juntaram-se e vieram de autocarro.
– Como encaram este dia os familiares dos agentes falecidos?
Para eles é sempre difícil. Mas ao mesmo tempo sentem algum alívio, por perceberem que têm o nosso apoio, conforto e carinho.
–É uma forma de homenagem?
É um reconhecimento pelo trabalho. No próximo dia 10, a convite da Direcção Nacional da PSP, os familiares dos que morreram em serviço vão receber uma medalha, em nome dos agentes desaparecidos, nos últimos anos.

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