17/11/2010

Sindicato do SEF centra discussão da polícia única no interesse nacional

Dirigentes sindicais não fecham a porta à possibilidade

A discussão do tema da polícia única continua em cima da mesa e a recente petição pública que promove a fusão da PSP, da GNR, da Polícia Marítima e do SEF é disso um exemplo. O Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização (SCIF) do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras enviou uma nota ao i onde refere que a discussão é essencial mas as propostas, designadamente as referidas na petição pública, "estão inquinadas pelas premissas onde se funda". Para o sindicato, a discussão centrada na necessidade de conter e reduzir custos e ainda nos interesses e propósitos de cada uma das forças "não é uma forma séria de abordar este assunto". O SCIF reconhece a urgência de alterar a definição do modelo de segurança interna, mas considera que as questões se devem basear "nas necessidades e interesses do país e de quantos são servidos pelas polícias". Os sindicalistas afirmam a importância de verificar "de forma séria e descomplexada" as soluções adoptadas noutros países e "os resultados obtidos". Não pondo de parte a questão dos custos, já que o sindicato do SEF diz ter "vastas possibilidades de redução", o modelo de segurança interna "terá sempre de se subordinar a interesses maiores, como o valor da segurança dos cidadãos". O SCIF conclui que não fecha as portas a uma discussão "no respeito pelo capital de conhecimento, pela história e pelos direitos dos profissionais", mas recusa entrar no "campo da propaganda e especulação", que "mais não visem do que a promoção de interesses individuais ou colectivos". 

Augusto Freitas de Sousa

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